O agora jogador do Bayer Leverkusen conversou com Luís Gonçalves, diretor-geral para o futebol dos portistas, no final do jogo na Alemanha e o desejo dos dragões foi o tema da conversa
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Tapsoba defrontou o FC Porto com a camisola do Bayer Leverkusen, mas até podia ter estado no BayArena a representar a equipa portuguesa. A explicação é simples: o defesa-central do Burquina Faso revelou que foi contactado pelos responsáveis portistas no mês passado, mas o acordo não foi possível porque os alemães foram mais rápidos.
No final do jogo esteve algum tempo a conversar com Luís Gonçalves, diretor-geral para o futebol do FC Porto. Estiveram a falar de quê?
-Ele perguntou como é que eu tinha vindo para o Bayer Leverkusen e eu disse que tinha sido tudo muito rápido. Perguntou-me se eu tinha recebido a proposta do Bayer Leverkusen antes de falar com ele e eu disse que não, que foi depois. O Bayer foi muito rápido e, no espaço de três dias houve acordo com o Vitória. Ele [Luís Gonçalves] já tinha falado comigo no final do jogo da Taça da Liga e, na altura, disse-me que o FC Porto estava interessado em mim.
E o que lhe disse nessa altura?
-Que não havia problema e que tinham de falar com o meu empresário [Deco], mas depois apareceu o Bayer Leverkusen. A escolha era difícil. Falei com a minha família e com o meu empresário e entendi que o melhor era vir para a Alemanha.
Gostava de ter ido para o FC Porto?
-O FC Porto é uma grande equipa e gostava de ter ido para lá, mas naquele momento entendi que era uma boa altura para sair de Portugal.
Chegou a haver interesse do Benfica?
-Sim, sim.
Se não tivesse surgido o Bayer, preferia o FC Porto ou o Benfica?
-Para mim, é indiferente, porque são duas grandes equipas. Teria ido para o clube que tivesse chegado a acordo com o Vitória.
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Surgiram notícias a dar conta que o Tapsoba se recusou a treinar pelo V. Guimarães quando teve conhecimento da proposta do Bayer Leverkusen. É verdade?
-Não, isso não é verdade, e não sei quem inventou isso. Para que havia de recusar para ir embora? Não faz sentido.
Mas psicologicamente deve ter mexido consigo, certo?
-Sim, um bocadinho, e foi isso que fui dizer ao treinador [Ivo Vieira], porque estava a falar-se da transferência e eu fui dizer ao treinador que para treinar tinha de estar psicologicamente a 100 por cento. Falei com o treinador e ele disse para eu ficar a trabalhar no departamento médico, mas não recusei treinar.