Rosto incontornável do novo Vitória de Guimarães, Dani Silva não se dá por satisfeito por ter alcançado o topo no clube. O médio quer afirmar-se e aposta numa época em cheio, a erguer um troféu.
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O balanço de Dani Silva a 2022 não tem ponto final. O médio olha com orgulho para o ano que caminha para o fim e promete mais, ciente de que a ascensão à equipa principal do V. Guimarães implica maiores responsabilidades e dedicação total a um clube especial, de paixões fortes.
"Foi um ano muito bom, só não digo perfeito porque ainda há muita coisa para conquistar. Evoluí muito"
O ano de 2022 foi em cheio ou ficou algo por alcançar?
-Foi um ano muito bom, só não digo perfeito porque ainda há muita coisa para conquistar. Evoluí muito como pessoa e jogador e não esqueço as pessoas que contribuíram para isso. Há um ano não imaginaria que conseguisse tanto em tão pouco tempo. É sinal de que o trabalho compensa.
Está no Vitória há cinco épocas. Já se sente mais minhoto do que alentejano (é natural de Beja)?
-Sem dúvida. Sinto-me cada vez mais minhoto. Não esqueço as minhas raízes, sou alentejano, mas, cinco anos não são cinco dias. Quando me reformar do futebol, até tenciono continuar a viver em Guimarães. A cidade é muito calma e muito bonita. E é apaixonada pelo Vitória, tal como eu.
"Continuaremos a jogar sempre para ganhar, sem ligar a nomes, emblemas e caras. Frente ao Vizela, a lógica será a mesma"
O que conta conquistar agora pelo Vitória de Guimarães?
-Trabalho todos os dias para me afirmar na equipa principal. Em termos coletivos, só pensamos em jogar para ganhar em todos os jogos, sem medo de ninguém. O míster Moreno Teixeira incute essa mentalidade no grupo e revejo-me nela. Julgo que os adeptos sentem que a equipa joga à imagem do clube e da cidade. Esse é o ponto chave do sucesso desta época.
A pausa no campeonato, apesar da Taça da Liga, foi benéfica ou terá retirado algum ritmo à equipa?
-Tirando o facto de não termos conseguido o acesso à final four da Taça da Liga, uma competição que valorizamos muito e em que contávamos chegar o mais longe possível, a equipa passou por uma fase de aprendizagem e os meninos da equipa B também tiveram espaço para se mostrarem. Acho que a equipa até saiu a ganhar, isto sem perder ritmo.
O Vitória partilha o quinto lugar com o Casa Pia e está a apenas dois pontos do quarto (Sporting) e a cinco do terceiro (Braga). Sentem-se capazes de alcançar o pódio ou tentarão segurar-se entre o quarto e o quinto?
-Continuaremos a jogar sempre para ganhar, sem ligar a nomes, emblemas e caras. O próximo jogo será frente ao Vizela e a lógica é a mesma de sempre. As contas fazem-se no fim. Se ganharmos todas as partidas que faltam, ficaremos muito bem classificados.
"Os dérbis são sempre para ganhar, e o Vitória estima muito a Taça. Estamos ansiosos pelo jogo em Braga"
Em janeiro há um segundo dérbi na Pedreira, para a Taça de Portugal. Servirá para vingar a derrota no campeonato?
-Os dérbis são sempre para ganhar. Será uma eliminatória, e o Vitória estima muito a Taça de Portugal. Queremos muito repetir a festa de 2013. Assisti a alguns vídeos e foi incrível. A equipa está fortemente empenhada em oferecer outra vez essa conquista aos adeptos. Estamos ansiosos por esse grande jogo em Braga, mas, primeiro, teremos de pensar na deslocação a Vizela.
Está tudo a acontecer rapidamente?
-Não, sinto que esta minha afirmação gradual é merecida. Cheguei ao Vitória há cinco anos e não saltei nenhuma etapa. As coisas foram evoluindo, dando tempo ao tempo. Joguei nos sub-19, nos sub-23, na equipa B, dando o melhor de mim. Trabalhei muito e longe da família, com muitas saudades. Sempre sonhei alcançar a primeira equipa e a partir de agora será sempre a subir, sem nunca deixar de ser o Dani Silva.
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