A mesma empresa responsável pela tecnologia de linha de golo na Final-Four da Taça da Liga portuguesa, que arranca esta noite, foi dispensada pela liga francesa.
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A mesma empresa responsável pela tecnologia de linha de golo na Final-Four da Taça da Liga portuguesa, que arranca esta noite, foi dispensada pela liga francesa, após diversas polémicas. A notícia foi avançada há pouco pelo jornal francês "L"Équipe", que refere a rescisão por mútuo acordo apesar de o contrato assinado no início da época prever a prestação deste serviço até final da temporada por parte da empresa Goal Control.
Contactada por O JOGO, fonte da Liga portuguesa confirmou que se manterá o recurso à Goal Control como responsável pela tecnologia de linha de golo na Final-Four da Taça da Liga. A Goal Control foi certificada pela FIFA a 19 de janeiro deste ano, pelo que será utilizada na Final-Four, disseram-nos.
A 18 deste mês, a liga francesa reuniu com a Goal Control, tendo havido um acordo para a cessação da prestação de serviços "tendo em conta as inúmeras anomalias da solução fornecida pela Goal Control", lia-se no "L"Équipe", que teve aceso a um email enviado na manhã desta terça-feira pelo diretor geral executivo da liga francesa, Didier Quillot, aos membros do conselho de administração do organismo.
Em França sucederam-se as polémicas em torno do funcionamento da tecnologia da linha de golo num Rennes-Caen, em outubro, o relógio do árbitro vibrou para dar conta de um golo num lance em que, na realidade, fora canto; a justificação foi a cor da camisola do guardião do Caen, que fez disparar o sistema. Noutros jogos, em que a bola passou a linha de golo, a tecnologia nada assinalou e mais recentemente, no passado dia 10, no Amiens-PSG, a cabeçada de Rabiot levou a bola a passar um metro a linha de golo sem que a tecnologia acusasse o golo.
Na imprensa francesa, encontram-se relatos, desde há alguns meses, de uma antiga operadora da Goal Control, Suzanne Castaignède, da existência de falhas no sistema. Além da questão da cor da camisola do guarda-redes, o sistema já confundiu cabeças com a bola e tem deficiências quando há nevoeiro, garante Castaignède.
Informações recolhidas pelo nosso jornal apontam para um alerta que a mesma Castaignède terá lançado à Liga portuguesa acerca dos problemas da tecnologia da Goal Control, mas tal não nos foi confirmado pelo organismo português, que garantiu, isso sim, que o sistema será utilizado.