Comprado por 2,9 milhões de euros e com um salário de 193 mil euros/brutos por mês, marroquino "comemora" hoje um ano do primeiro e único golo, ao serviço do Benfica B
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Um golo que custou 6,4 milhões de euros aos cofres do Benfica. Um único golo ao serviço da equipa B que rendeu um inexpressivo empate 1-1 com o Braga B, na edição passada da II Liga. A proeza é de Adel Taarabt, cujo feito completa hoje um ano.
A 13 de dezembro de 2015, no Seixal, o avançado marroquino driblou dois marcadores e, com apenas 12 segundos de jogo, balançou a rede dos minhotos. Um lance que não apagou os escorregões do passado e nem fez brilhar os olhos de Rui Vitória.
Contratado em junho do ano passado mediante o pagamento de 2,9 milhões de euros de prémio de assinatura e comissões, pois havia-se desvinculado do Queens Park Rangers, Taarabt assinou até 2020 com os encarnados, que se comprometeram a pagar 193 mil euros/brutos por mês de ordenado.
De julho de 2015 a dezembro de 2016, o emblema da Luz já gastou quase 3,5 milhões em salários com um reforço que fez apenas sete jogos de águia ao peito, todos nos bês (uma vitória, um empate e cinco derrotas). Foram 509 minutos de utilização, o que significa que cada minuto custou 12,5 mil aos tricampeões. Tudo somado: 6,4 milhões de euros gastos.
Por causa de problemas disciplinares e peso elevado, o marroquino de 27 anos nunca teve espaço no plantel principal. Para piorar, até do Benfica B foi afastado, depois de conceder uma entrevista em França, em agosto, procurando forçar a saída do clube. As declarações irritaram o presidente Luís Filipe Vieira.
"É bom jogador. Eu não percebo nada de futebol, mas tenho alguém que percebe muito, que é o Rui Costa. Vimos e revimos jogos dele. Mas há coisas que lhe falham. Não vestirá mais a camisola do Benfica", declarou o líder benfiquista, em setembro.
Jogador de Barça e Real
Taarabt despontou no Lens, chegou ao Tottenham como promessa e era tratado como "queridinho do presidente" no QPR. Mas não vingou, nem mesmo no Milan e muito menos no Benfica. "O Taarabt é extremamente habilidoso. Ao mesmo tempo que era brilhante tecnicamente, era indisciplinado taticamente. Era jogador para Barcelona, Real Madrid, mas era muito desobediente", revelou o antigo internacional brasileiro Gilberto, lateral-esquerdo dos spurs em 2008, a O JOGO. "O desejo dele era dar um túnel, um cabrito e pronto. Ele tinha a habilidade de um Ronaldinho, de um Neymar, não perdia nada, mas não tinha compromisso", finalizou.