Apartamento onde o reforço do Benfica e a família vivem em Kiev foi bombardeado na madrugada deste domingo. Esposa, filha e mãe do extremo estavam na casa
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Sudakov, extremo que reforçou o Benfica no final do mercado, proveniente do Shakhtar Donetsk, reagiu nas redes sociais ao bombardeamento que atingiu o apartamento em que a família vive em Kiev, na Ucrânia. O futebolista revelou que a companheira, a filha e a mãe estavam na casa do momento do ataque, na madrugada deste domingo.
"Como a minha casa ficou depois desta noite. A minha esposa, a minha filha e a minha mãe estavam em casa nesse momento. Pessoas de um país vizinho [Rússia] escreverão que tenho equipamento militar guardado na minha casa", apontou, publicando fotografias e vídeos de como ficou o apartamento, destruído.
Sudakov, recorde-se, está ao serviço da seleção da Ucrânia, na Polónia. Os ucranianos jogaram na sexta-feira com a França (derrota por 2-0) e na terça-feira jogam no Azerbaijão, também a contar para a fase de qualificação para o Mundial'2026.
Líderes europeus condenam ataque russo que atingiu Governo em Kiev
O ataque realizado pela Rússia a Kiev, o maior com drones desde o início da guerra e que atingiu a sede do Governo ucraniano, foi hoje condenado por vários líderes europeus, que defenderam mais sanções a Moscovo.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Rússia “está a troçar da diplomacia, a atropelar o direito internacional e a matar indiscriminadamente”, garantindo que a Europa vai continuar a apoiar a Ucrânia.
“A matança tem de acabar”, disse na sua mensagem, na qual adianta que a Europa continuará a “fortalecer as forças armadas ucranianas, criando garantias de segurança duradouras e endurecendo as sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia”.
Também o presidente do Conselho Europeu condenou “a versão de paz de [do Presidente russo, Vladimir] Putin”, que, segundo António Costa, consiste em “falar de paz enquanto os bombardeamentos se intensificam e são atacados edifícios governamentais e casas civis”.
“Temos de manter o rumo: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros”, acrescentou.
Uma delegação da União Europeia (UE) viajou na sexta-feira para os Estados Unidos para negociar com a administração Trump possíveis novas sanções coordenadas contra a Rússia, referiu António Costa, numa altura em que os europeus já preparam o seu 19.º pacote de sanções contra o Kremlin.
Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a Rússia está “a enraizar cada vez mais a lógica da guerra e do terror” e a “atacar indiscriminadamente, incluindo áreas residenciais e a sede do Governo”.
Perante estes ataques sem precedentes, Macron sublinhou, numa mensagem divulgada através das redes sociais, a determinação dos aliados da Ucrânia em continuar a “fazer tudo o que é possível para garantir que prevaleça uma paz justa e duradoura”.
Liderada pela França, a Coligação de Voluntários – que reúne 35 países, incluindo Portugal, dispostos a apoiar militarmente a Ucrânia e enviar soldados europeus para território ucraniano como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia – reuniu-se na quinta-feira passada, em Paris, onde reiterou a garantia de segurança à Ucrânia em caso de cessar-fogo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, também condenou os ataques e apelou a uma resposta à escalada do conflito pela Rússia, alegando que “só a pressão e a unidade podem aproximar esta guerra do fim”.
A Rússia lançou esta manhã o maior ataque com drones e também mísseis contra a Ucrânia, nomeadamente contra Kiev, onde atingiu, pela primeira vez, o edifício sede do Governo.
De acordo com os serviços de emergência e as autoridades locais, pelo menos cinco pessoas morreram na sequência deste ataque.
Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi Kiev, mas a Rússia também bombardeou Odessa (sul), Zaporijia (sul), Kremenchuk (centro), Kryvyi Rih (leste) e Dnipropetrovsk (leste).
A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, instou os governos a “aumentarem a pressão das sanções, especialmente contra o petróleo e o gás russos”.