Segunda presença nas meias-finais da Taça de Portugal, nas últimos quatro épocas, é registo que se junta a outros feitos na nova vida dos famalicenses
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A presença nas meias-finais da Taça de Portugal não é novidade para o Famalicão. Desde que o clube subiu, em 2019/20, esta é a segunda participação nesta etapa da prova, algo que, em toda a história anterior, só se tinha verificado por uma vez, no longínquo ano de 1946. Mas, não tem sido só na prova rainha que os minhotos têm somado feitos.
Famalicão tem sido também uma máquina de vendas desde que voltou à I Liga e já encaixou mais de 22 milhões de euros
Nas últimas quatro épocas, há vários outros fatores a ter em conta.Desde logo, a melhor classificação na I Liga, conseguida, precisamente, em 2019/20, com 54 pontos, registo que fez com que a equipa lutasse até à última jornada por um apuramento europeu, meta que fugiu no último segundo da derradeira ronda, no empate (3-3), contra o Marítimo. Nesse ano foi alcançado, também, um máximo de vitórias e de golos marcados na competição. Paralelamente, o conjunto então já orientado por João Pedro Sousa chegou igualmente às meias-finais da Taça de Portugal, tombando, somente, aos pés do Benfica (4-3, no conjunto das duas mãos).
A temporada seguinte começou algo titubeante. João Pedro Sousa cedeu lugar a Ivo Vieira, mas a recuperação na segunda volta foi assinalável e permitiu que o "Fama" voltasse a lutar pela Europa até à 34.ª Jornada.
Melhor classificação de sempre na Liga Bwin, em 2019/20, com vários recordes batidos, luta pela Europa no ano seguinte e faturação histórica em vendas de jogadores são outros registos de relevo.
Ao sucesso desportivo atrelou-se o êxito económico. No defeso de 2020/21, a SAD faturou 9,7 milhões de euros com as vendas históricas de Pedro Gonçalves, para o Sporting (6,5 M€) e Toni Martínez (FC Porto, 3,2 M€). Em 2021/22, o saldo ficou em 8,6 M€, à boleia da alienação dos passes de Ugarte (Sporting, 6,5 M€), Anderson (Beijing, 2 M€) e a cedência de Gustavo Assunção ao Galatasaray, por 100 mil euros. Esta temporada, saíram Pickel (Cremonese, 3,8M€) e Batubinsika (empréstimo ao Maccabi Haifa, por 100 mil euros). Contas feitas, são, pelo menos, 22,2 milhões de euros que entraram nos cofres da SAD em três anos.
Falta, agora, que o Famalicão chegue a um troféu nacional, algo que nunca conquistou na sua história. O FC Porto é o próximo obstáculo para sonhar com essa meta, numa eliminatória que traz o desafio acrescido de ter de ser gerida a duas mãos. E o primeiro jogo será disputado no Dragão.
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