Sucessão de Tiago no Vitória: um nome mais consensual e os casos de Lage e Sá Pinto
SAD estuda o perfil do próximo treinador e há vários nomes apontados ao cargo, de João Henriques a Bruno Lage, passando por Sá Pinto.
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Foi um dia agitado o que se viveu na sexta-feira nos domínios do clube que carrega a imagem do rei fundador. Nada que espante o soberano fundador da nacionalidade, certamente. Os dirigentes do V. Guimarães passaram o dia a analisar o perfil de quem poderá ser o sucessor de Tiago Mendes, treinador que na véspera se demitira do cargo.
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Ainda não foi na sexta-feira que se conseguiu ter fumo branco, apesar dos muitos nomes que ao longo do dia foram surgindo nos bastidores, mas a Direção da SAD - que tem na agenda do dia a assembleia geral desta tarde - está confiante que poderá apresentar um novo técnico no regresso do plantel aos treinos, já na segunda-feira, iniciando a preparação para o jogo no Bessa.
Entre os perfis apontados, o de João Henriques - que orientou o Santa Clara nas últimas duas épocas, conseguindo a melhor classificação de sempre dos açorianos na I Liga - parece ser o mais consensual entre os dirigentes. O treinador está neste momento sem clube e por altura da confirmação da sua não continuidade no Santa Clara afirmou que pretendia continuar a carreira em Portugal, num clube que lutasse por vagas para a Liga Europa. Ambições que se coadunam com as dos vitorianos. Ricardo Sá Pinto, ex-treinador do Braga, é um dos nomes que também agradam à SAD, sendo um desejo antigo do presidente.
Com assembleia geral esta tarde, os dirigentes da SAD têm ainda de se desdobrar em demandas para encontrar novo treinador. O objetivo é que já possa orientar o treino na segunda-feira
Carlos Freitas, diretor-geral da estrutura, equacionou ainda promover Bino Maçães, treinador da equipa B do Vitória, mas a ideia não gerou recetividade em Miguel Pinto Lisboa, que aponta para outras hipóteses. Bruno Lage foi outro nome sonante apontado, mas o ex-treinador do Benfica, também sem clube, é um desejo muito difícil de alcançar.
As diligências para a contratação do novo treinador serão uma constante durante o fim de semana dos responsáveis pelo emblema minhoto, que não contavam com a saída de Tiago Mendes apenas três jornadas depois do arranque do campeonato e com um percurso em crescendo (uma derrota, um empate e uma vitória), embora com um nível exibicional muito pobre.
A SAD vitoriana assumiu, aliás, em comunicado, ter sido surpreendida pela demissão do ex-médio internacional português, após "um trabalho de largos meses entre a estrutura do futebol e o treinador escolhido pela administração para a construção e preparação de um plantel que permitisse concretizar a política desportiva do Vitória SC e alcançar os objetivos traçados". Desta forma, os dirigentes da sociedade desportiva quiseram refutar a especulação quanto ao desacordo relativamente às políticas de contratações, que sempre tiveram a "participação e concordância do técnico", segundo o clube. No entanto, foi mesmo a política de contratações o motivo principal para Tiago bater com a porta. Na mesma missiva, a SAD acusou Tiago Mendes de "insegurança que é incompatível com o Vitória SC" e deixou uma mensagem de esperança aos sócios: "Será brevemente apresentada uma nova liderança técnica que se enquadre no projeto desportivo e permita a obtenção dos resultados ambicionados."