Internacional argentino quer melhorar as condições financeiras e a SAD pretende encaixar perto de 15 M€ pelo jogador, mas tal não se afigura fácil. Jogador permanece a treinar-se à margem do grupo
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Promessas por cumprir, desejos de saída, limites financeiros que não podem ser ultrapassados e comportamentos vistos como inadequados pela SAD, são alguns dos ingredientes que, combinados, levaram a que, em última instância, o técnico Rúben Amorim afastasse Marcos Acuña do plantel principal, com o total respaldo por parte do presidente Frederico Varandas e a sua estrutura para o futebol.
A SAD pretende novamente transferir Acuña, procura esticar o preço para os 15 M€, mas até ver... nada feito.
A longa história de atritos entre o Sporting e Acuña começou precisamente após o ataque à Academia em Alcochete, quando, na sequência da permanência do internacional argentino em Alvalade, já com Frederico Varandas a liderar o clube, veio ao de cima a promessa dos dirigentes leoninos em renovar o contrato do canhoto, premiando a sua lealdade.
O vencimento seria revisto em alta, para os 1,4 milhões de euros livres de impostos - isto face aos 1,2 M€ atuais -, e o contrato a expirar em 2023 prolongado, porém nunca se chegou a um acordo, tendo as partes justificado sempre o insucesso com os motivos mais convenientes: que o jogador nunca respondeu à proposta feita, que o antigo empresário do atleta, Pablo del Río, estava a interferir no processo, ou até ao facto do Sporting nunca ter apresentado valores condizentes com o pretendido pelo camisola 9.
Paralelamente a todo este processo a saída esteve sempre em cima da mesa, primeiro foram recusados 16 M€, que podiam ascender ao 20 M€, do Zenit em janeiro de 2019, porque os leões queriam a verba total sem variáveis, mais tarde, em janeiro último, foi o pedido de empréstimo do Inter de Milão igualmente negado e o jogador foi acumulando frustrações, acentuadas agora com a vontade da SAD em retirar da sua folha salarial um dos três jogadores que têm vencimentos acima do teto salarial de um milhão de euros limpos por ano, isto claro, sem esquecer os episódios de conflitualidade.
Agora, a SAD pretende novamente transferir Acuña, procura esticar o preço para os 15 M€, mas até ver... nada feito.
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Ameaçou não jogar
O comportamento de Acuña nem sempre foi o mais desejado dentro do Sporting e, sabe O JOGO, em mais do que um jogo e momento, o internacional argentino ameaçou não jogar, devido à sua insatisfação com algumas das promessas que entendia não terem sido cumpridas.
O temperamento de Acuña sempre foi tido como especial, sobretudo dentro do campo, pese a sua dedicação reconhecida quando focado no objetivo, como se viu nas duas primeiras temporadas de leão ao peito, concretamente em 2017/18 e 2018/19.
"É um jogador que vive muito o jogo. Tem que se controlar e pode melhorar essa parte, porque por vezes acaba por cometer alguns excessos e pode prejudicar a equipa. Já não é um miúdo", chegou a afirmar Silas, antigo treinador leonino após alguns episódios de maior impetuosidade, desta feita, em campo.