Declarações de Stuart Baxter, treinador do Boavista, na antevisão jogo em Arouca, sábado, às 18 horas, onde a equipa precisará de um conjunto de fatores que lhe permitam a assegurar a permanência. Os axadrezados estão no último lugar, com 24 pontos.
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Jogo muito difícil. O que pediu aos jogadores? "Desde que cheguei ao Boavista, os jogos têm sido sempre difíceis. Cada jogo tem sido disputado com a 'faca na garganta'. A mensagem para este último jogo é que precisamos de nos concentrar em nós mesmos, no nosso desempenho. Seria fácil pensar sobre o que pode acontecer noutros resultados. Não nos podemos afetar por isso. Temos de pensar apenas no que temos de fazer. E eu acho que os nossos adeptos, as pessoas que pagam o seu dinheiro para nos ver a jogar, merecem isso. Eles merecem que nos concentremos 100% e que demos o sangue para tentar alcançar o nosso resultado. É nisto que nos teremos de preocupar. O resto acontecerá. Sei o que pode acontecer no futebol. Eu estive envolvido nestes jogos, onde as surpresas aconteceram. Lembro o caso do Ajax e do PSV [o Ajax chegou a ter vantagem de dez pontos e é agora segundo no campeonato neerlandês] Oh, é uma surpresa? Não é uma surpresa, porque isto é futebol. O futebol é um teatro. E precisamos fazer com que joguemos a nossa parte e ver o que acontece."
O apoio será de mais dois mil adeptos em Arouca: "O que me diz é que as pessoas se importam. As pessoas no Boavista importam-se com o clube. E, novamente, eles merecem ver que também nos importamos. Essa é a mensagem para os jogadores. Este não é um jogo para meninos, mas para pessoas que se imortam. Os jogadores precisam de ajuda para se motivarem, eu tenho a certeza que esses dois mil adeptos vão ajudar. Temos que jogar de cabeça erguida, sem nos esconder e encarar de frente. E começa comigo e vai até os jogadores. Todos precisam de se envolver e dar o seu melhor. Não 99%. Talvez 110%."
Como está o moral? "Tivemos uma reunião esta manhã em que falávamos sobre isso. Falávamos sobre o quão importante é estarmos aqui e agora. E não noutros lugares. O treino esta manhã foi excelente. E se conseguirmos reproduzir essa qualidade amanhã, teremos uma grande chance de ganhar o jogo. Isso é um estado de mente. Então, qualidade mais estado de mente dará uma boa exibição. Se você me perguntar agora, eles parecem prontos para jogar. Eu nunca posso dizer 100% porque amanhã a adrenalina começa a pular. Então, eu acho que os jogadores estão numa boa condição mental. Vamos ver amanhã."
Sente que chegou ao Boavista tarde de mais? "Essa é uma boa pergunta. Cheguei quando cheguei. Nunca houve uma possibilidade antes sobre vir. O momento surgiu e pediram-me para fazer o meu melhor para resolver a situação. E eu disse sim, porque eu acho que o Boavista merece estar na divisão superior. Então, esse era o meu trabalho. Eu adoraria ter mais dez jogos, mas eu não tive e não tenho. Então, agora temos este um jogo."
Este é o mais difícil trabalho que teve como treinador? "Provavelmente um dos mais difíceis, devido à situação em que eu peguei na equipa. Mas já estive envolvido em muitos jogos como este. No Boavista, nós jogamos até ao último jogo. Precisávamos de vencer. A equipa estava numa situação complicada. Ganhámos jogos. Fizemos o nosso trabalho. Isso é futebol. Mas eu joguei muitos jogos como este. E a única coisa que eu sei é que futebol pode surpreender todos."
Tem contrato para mais um ano. Imagina o que acontecerá depois do jogo? "Não estou a pensar tão à frente, honestamente. Eu sei que todos estão ansiosos num bom resultado. Se ganharmos este jogo, temos uma chance. Se não ganharmos este jogo, não teremos toda a nossa energia precisa para ganhar este jogo. Os adeptos darão toda a sua energia, eu tenho a certeza. E o meu trabalho é garantir que os jogadores deem mais do que 100%. E eu acho que eles darão."