UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores do Sporting, vencedores da Taça de Portugal
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SPORTING UM A UM
Renan 8
É verdade: teve as hesitações do costume, mas foi enorme quando o Sporting mais lhe pediu: que estirada ao penálti de Fernando e que punhado de boas defesas ao longo dos 90 minutos. Depois de Braga, na Taça da Liga, voltou a ser herói - desta vez no Jamor.
Bruno Gaspar 4
Nada fácil a missão de cobrir um corredor com Alex Telles e Brahim. Perdeu sempre no choque e acabou por sair a meio da segunda parte: Ilori entrou para fechar à direita.
Coates 7
Se Mathieu varreu tudo... o uruguaio quase tudo varreu. Mais de uma dezena de cortes e imperialismo puro no jogo de cabeça.
Acuña 8
Resiliência é a palavra que melhor define o argentino, que ontem "só" fez duas assistências, a primeira para Bruno e a segunda, soluçando, para Bas Dost. Acabou esgotado de tanto correr.
Gudelj 7
Não é exagero dizer que foi autor de mais de 25 interceções, todas à frente de uma defesa de aço, mas que não pode tirar tudo. Saiu, tal como Acuña, desgastado com o volume ofensivo do dragão, que do físico fez uma arma importante. Gudelj estava lá.
Wendel 6
Um jogo esforçado, mas sem grande eficiência: faltou ao brasileiro a linha de passe para fazer o que mais sabe, meter a bola em zonas adiantadas do terreno. Na segunda parte, aos 76", ia desbloqueando o 1-1, mas o disparo, rasteiro, saiu ao lado da baliza de Vaná.
Bruno Fernandes 7
Com Danilo e Herrera a pisarem-lhe os calos, jogou em espaço reduzido, mas isso não travou o capitão do Sporting na hora de dar uma resposta imediata ao golo do FC Porto. Ao passe de Acuña, respondeu com um remate vitorioso e sortudo, pois ainda desviou em Danilo. Essencial.
Raphinha 6
Pouca bola e pouca competência para passar por Alex Telles, que o marcou cheio de primazia. Teve o golo nos pés, aos 11", mas a bola, perdida à entrada da área, bateu nos painéis de publicidade.
Diaby 6
Entrou com o antídoto certo para anular a cobertura de Militão e passou por ele um par de vezes, sempre com perigo para a baliza portista. Talvez merecesse mais tempo em campo - saiu aos 74'.
Luiz Phellype 7
Um jogo difícil, perante uma dupla de topo, e zero espaço para se virar rumo à baliza. É, ainda assim, um dos homens desta conquista, dada a frieza com que partiu para o último penálti, certeiro... e de festa.
Ilori 6
Ao contrário de Bruno Gaspar soube sempre encostar no homem que aparecia à direita e limitar-lhe a ação. Não foi brilhante, mas sim utilitário.
Bas Dost 7
Há um ano entrou no Jamor de cabeça ligada, falhou bolas fáceis e acabou cabisbaixo. Ontem, o destino quis que se intrometesse no sucesso e na única oportunidade que teve foi certeiro, adiantando o leão no prolongamento. Merece.
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Doumbia 6
Um par de tropeções que não beliscaram meia-hora repleta de cortes e saídas a jogar. Entrou porque Gudelj não tinha mais energia.
Jefferson 6
A fechar ao meio, fez-se ao 3-1 aos 117" mas Vaná defendeu.
A FIGURA
Mathieu 8
Mathieu, 35 anos, central do Sporting. Corre como um jovem, salta como um jovem e corta como um experiente central que é. Isto podia ser apenas a análise daquilo que fez ante o FC Porto, mas já são tantas as vezes que nos brinda com tamanha disponibilidade que as primeiras linhas desta caixa merecem passar a sinopse de um jogador clássico, mas que se mantém atual. Ontem, cortou tudo o que havia para cortar, deu lições de recuperação prolongamento dentro e ainda teve tempo para, com calma, marcar o seu penálti e ajudar o leão. Foi incrível.