Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Sporting no empate com o FC Porto, 0-0, no Estádio do Dragão.
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SPORTING UM A UM
Adán 6
O espanhol foi uma autêntica reserva de segurança num Sporting que aqui e ali tremeu não de imaturidade, mas com perdas de bola na primeira zona de construção. Aos 27", opôs-se com propriedade a um remate cruzado de Manafá, naquela que foi a única intervenção de dificuldade elevada. Há, ainda assim, a mestria a ler a entrada dos adversários, antecipando-se, e o jogo imperial no ar.
Gonçalo Inácio 5
Condicionado pela pressão do FC Porto a construir, pedia-se mais calma no passe, a sair. Dificuldades não por falta de qualidade, mas pela estratégia bem empregue na sua zona. Aos 79", dobra com sucesso o capitão Coates.
Coates 6
É dele o primeiro pormaior, um corte aos 4" quando Marega se preparava para armar remate perigoso. Sóbrio, soube gerir as falhas à sua volta, principalmente as perdas de bola nos primeiros 40 metros, que o FC Porto foi aproveitando pela velocidade. Aos 57", esqueceu-se de Taremi, sem consequências.
Feddal 6
As imprecisões em lances que custaram a irregularidade pelo fora de jogo não podem manchar nova exibição segura do canhoto. Controlou bem Corona, entre linhas, tal como Taremi ao meio. Limpo, só viu amarelo em discussão.
Pedro Porro 5
A estratégia parecia "amarrar" o lateral, de pendor ofensivo, para não desequilibrar um leão que explorou quase sempre o corredor esquerdo. Zaidu foi dor de cabeça.
João Palhinha 6
Voltou a encher o campo pela dedicação ao espaço, ainda que tenha protagonizado algumas perdas de bola. Marega e Sérgio Oliveira foram alguns dos que perderam duelos com ele.
João Mário 6
A postura tranquila ajudou o Sporting a passar o corredor de pressão entre setores. Não fez um jogo espetacular em termos de expressão, mas é totalmente eficiente nos pormenores, como ganhar dois metros do nada ou a ajudar a acelerar a bola quando havia superioridade em transições rápidas.
Nuno Mendes 6
Grande corte aos 6" quando tira Marega de um lance na área. Não cedeu à pressão que o amarelo lhe poderia trazer e segurou sempre bem um corredor... infernal. Saiu, esgotado, ao minuto 86.
Pedro Gonçalves 5
Testou, aos 14", o remate, só que este saiu sem força e ao lado. Dificuldades em ter bola no pé, aliás, como todos os companheiros de ataque.
Nuno Santos 5
Com a difícil oposição de Manafá, até colocar bolas na área foi complicado para o extremo, que acabou por ser o primeiro preterido na dança das substituições. Em boa hora, diga-se, porque para o seu lugar - não posição - entrou Matheus Nunes.
Tiago Tomás 5
Com Pepe e Mbemba à sua frente, não tremeu nem temeu, mas também não encontrou os espaços ou segurou como lhe pediam. Sofreu muitas faltas, mas também "deu" quando era preciso fazer faltas úteis.
A FIGURA
Matheus Nunes: 7
Uma mão cheia de eficiência a toda a linha
O miúdo que já tinha sido decisivo no dérbi contra o Benfica, em casa, fazendo de cabeça o 1-0 final, foi determinante para o leão sair do Dragão com o nulo. Lançado aos 64", o médio fez, num punhado de lances, aquilo que os seus colegas estavam com dificuldade em executar até aí. Aos 73 minutos, uma enorme arrancada, a deixar Otávio com "poeira" nos olhos, que só não acabou em golo porque o disparo saiu por cima. Qualidade a definir, a sair da pressão e a transportar jogo. Cumpriu, sem nada a apontar, aquilo que Amorim lhe pediu.
Bruno Tabata 5
Rúben Amorim quis experimentar dar criatividade ao leão, lançando o brasileiro aos 70": mas havia uma espécie de pacto contra o espaço à frente, ou seja, foi mais um sem muito aproveitamento.
Jovane 6
Trouxe algum nervo às disputas de bola e conseguiu segurar algumas, apostando também na velocidade. Um problema contra um rival já balanceado na frente.
Matheus Reis 6
Cumpriu com segurança o papel de Nuno Mendes, ajudando a fechar por dentro nos minutos decisivos. Um corte importante na grande área já na compensação.