Bruno Fernandes é o principal ativo e a sua transferência por 60 M€+10 M€ foi recusada. Leões desejam baixar a massa salarial e podem ter de transferir mais do que um jogador.
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Chame-se Bruno Fernandes, Bas Dost, Marcos Acuña ou outro atleta, a SAD liderada por Frederico Varandas está pressionada para transacionar atletas até ao encerramento da presente janela de transferências, de modo a arrecadar receitas que lhe permitam fazer face à regularização das obrigações pecuniárias e não pecuniárias que estão pendentes com o Millennium BCP e o Novo Banco, ao abrigo do acordo-quadro - conhecido entre sportinguistas e opinião pública por acordo de reestruturação financeira -, as quais ascendem a 40,388 milhões de euros (M€).
Dirigentes da SAD precisam de receitas extraordinárias até ao final deste mês para fazer face a obrigações com a banca
Esta necessidade da sociedade é conhecida por todos e ganha natural importância para a mesma por força da disponibilidade que as duas entidades bancárias demonstraram para renegociar um novo acordo. O "waiver", ou melhor, uma espécie de perdão temporário do pagamento das obrigações que foi concedido, por parte do Millennium BCP e Novo Banco, é interpretado como um ato de boa-fé entre as partes, sendo, porém, que a negociação ainda em curso já deveria ter sido concluída, isto a avaliar pelas expectativas expressas pela SAD no último relatório e contas semestral de 2018/19, apontando para o final da última época, ou seja, a 30 de junho de 2019. Seja como for, os leões têm, de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, de apresentar alguns argumentos financeiros que possibilitem um entendimento, até porque, de momento, a liquidez da sociedade é reduzida. Caso o Sporting não venha a proceder ao pagamento das obrigações em falta, Millennium BCP e Novo Banco poderão acionar os mecanismos jurídicos previstos nos contratos de financiamento estabelecidos, como, por exemplo, converter as VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) no valor de 135 M€, com efeitos na estrutura acionista da SAD, situação que será sempre limite e não se afigura concretizável nesta fase.
Em Alvalade trabalha-se o mercado no sentido de conseguir, por um lado, reduzir a massa salarial com o futebol e, por outro, rentabilizar e gerar mais-valias com a transferência de alguns atletas. Bruno Fernandes é o ativo mais cotado e recebeu uma oferta global de 70 M€ do Tottenham, que foi recusada.
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Sem capacidade para novos investimentos
A contratação de novos jogadores para o elenco de Marcel Keizer está condicionado pelas saídas, uma vez que investimentos de outra ordem não estão no horizonte devido à falta de capacidade financeira para o fazer. Robertone, médio do Vélez, é o nome desejado pelos leões para a eventual saída de Bruno Fernandes, sendo que a aquisição de mais um extremo, sabe O JOGO, desejada em Alvalade, está parada pelos mesmos motivos. Ainda assim, os dirigentes leoninos já investiram 20,5 milhões de euros (M€) em reforços para a estação em curso, recebendo, em contrapartida, 12,5 M€ com as saídas.
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