Titularidade do avançado ante o Gil Vicente permite que Amorim aposte em Pote a "8" e faça gestão no "miolo". Canhoto não é titular desde a 1.ª jornada e tenta readquirir confiança e rotinas. Nos jogos em casa na Liga, nunca Ugarte e Morita jogaram em simultâneo. Gestão para Marselha é desejável.
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Cada jogo conta mas, face à sucessão de encontros neste calendário apertado, Rúben Amorim pensa a curto/médio prazo.
Nesse sentido, poupar fisicamente os médios Ugarte e Morita para o Marselha, jogo de terça-feira para a Liga dos Campeões, é uma prioridade do Sporting e isso poderá abrir a porta a Paulinho.
Segundo O JOGO apurou, o avançado deverá voltar ao onze diante do Gil Vicente, sexta-feira. O canhoto só foi titular em Braga, na 1.ª jornada da Liga Bwin, contraindo depois um traumatismo na perna direita que o deixou arredado dos relvados um mês. O dianteiro regressou frente ao Eintracht e, desde aí, entrou mais três vezes, sendo decisivo ao marcar o golo que abriu o caminho à importante vitória diante do Tottenham, também na Liga dos Campeões.
Edwards deu uma excelente resposta, celebrando três golos e três assistências a jogar a falso nove, e o plano mostrou-se competente para determinados jogos. No entanto, revitalizar o ponta de lança titular é imprescindível e Rúben Amorim considera que o jogo com o Gil Vicente poderá servir para esse propósito. O britânico Edwards deverá permanecer no onze pelas boas exibições recentes, mas num corredor desta feita, esperando-se Trincão no outro lado.
Pedro Gonçalves, que soma quatro golos e quatro assistências em nove jogos, deverá baixar novamente à posição "8", um teste que Amorim prometeu manter: tirou dividendos positivos no 4-0 ao Portimonense, no qual Pote marcou e assistiu - mas já a alinhar numa das três posições da frente -, mas também ilações importantes, após o desaire contra o Chaves, em casa, quando os transmontanos aproveitaram a pouca rotina do camisola 28 para acelerar contragolpes.
Com a introdução de Pote no meio-campo, Amorim poderá guardar Morita ou Ugarte, sendo que a cada véspera de Champions tem tentado retirar um deles de campo à passagem do minuto 60. Até aqui, Ugarte, quando está disponível fisicamente, tem sido o eleito para ser titular, tapando as pontas do miolo, mas contra o Portimonense a escolha recaiu no japonês, que está competitivo e tem evoluído no capítulo da ocupação do terreno.
O certo é que, nas três jornadas decorridas em casa, nunca Ugarte e Morita coincidiram no onze titular, o que reforça a convicção de que Pedro Gonçalves, que ali começou a jogar após a saída de Matheus Nunes para o Wolverhampton, está na posição dianteira para fazer descansar um dos centrocampistas mais defensivos, que estiveram nas seleções, enquanto Alexandropoulos ainda está numa fase de adaptação às ideias do técnico e deverá manter o estatuto de suplente.