Sporting é mestre na linha do fora de jogo: um trabalho que já evitou seis golos

Tem saltado à vista o trabalho de laboratório do Sporting nas bolas paradas, feito à porta fechada na Academia, mas há outra variante do jogo na qual os leões tiraram um mestrado e que já rendeu esta temporada: a lei do fora de jogo.

O Sporting é o clube da Liga Bwin que, no conjunto de todas as competições oficiais, mais vezes deixa os adversários em posição irregular, tendo já com isso conseguido evitar um total de seis golos, além de inúmeros lances de perigo que não chegaram a acabar com a bola dentro da baliza.

Ainda na última partida, na receção ao Famalicão, foi graças a um fora de jogo que os leões não sofreram um duro revés nas aspirações de alcançar de novo a final a quatro da Taça da Liga, com um golo que seria o 2-2, ao cair do pano (90"+2"), a ser invalidado por essa razão. Se esse remate, da autoria de Riccieli, que bateu João Virgínia subisse ao marcador, o Sporting teria de golear na última jornada do grupo o Penafiel por mais de cinco golos para se qualificar para a final a quatro...

O domínio da arte de controlar a linha invisível e deixar os rivais fora de jogo é também trabalhado intramuros pelos leões, com Amorim ciente de que é nos detalhes que muitos jogos se decidem.

O Sporting deixa os adversários, em média, 3,33 vezes em fora de jogo, seguido por Benfica (2,82) e Arouca (2,67), tendo alcançado os seus números mais significativos contra o Besiktas (9) e o Dortmund (7). E foi mesmo com os alemães que essa estratégia acabou por dar mais nas vistas, pois permitiu anular três golos sofridos!

Os restantes golos que foram evitados graças a esta coordenação defensiva, nos 15 jogos já disputados, foram contra o Besiktas (seria o 2-3 que recolocaria os turcos na disputa do jogo) e contra o Vizela (era o 1-0).

Já provou do próprio veneno

Os foras de jogo têm sido proveitosos para o Sporting, mas também já causaram dissabores. Se o bom trabalho defensivo deu para evitar seis golos, ofensivamente o leão provou do próprio veneno em duas ocasiões, contra o Arouca (golo de Matheus Nunes não contou) e Ajax (golo invalidado a Paulinho). A arte de controlar a linha defensiva já mereceu elogios de Amorim, nomeadamente após o Dortmund: "Controlámos bem os movimentos dos avançados adversários, tirámos alguns foras de jogo, fomos eficazes na linha defensiva."