Sporting diz-se intolerante com corrupção e suborno

O Sporting deu a conhecer o relatório de sustentabilidade referente à época de 2021/22, através do qual reforçou o compromisso com transparência, com a promoção de boas práticas comerciais e com os comportamentos que causem um bom impacto na sociedade e meio ambiente. No mesmo, o emblema leonino assume-se como um “ator principal como agente de mudança” e sublinha que “lidera por exemplo”.
Este é o primeiro documento elaborado pelos leões e terá continuidade no futuro. Para a execução do relatório foram ouvidos 50 “stakeholders” e no mesmo é sublinhada a transparência do clube, que não regista qualquer caso de corrupção, de suborno ou de fuga de dados, tendo apenas ocorrido um caso de falha de segurança, algo realçado por Frederico Varandas. 

Emblema leonino está a olhar para o futuro com uma série de iniciativas. Para Varandas, o clube é um “exemplo positivo” e quer inspirar outros a fazer a mesma aposta. “Abraçamos a entrada na nova era”

“Somos um clube com o propósito de promover comportamentos assentes em respeito, ética e integridade, dentro e fora do campo. O mundo entrou numa nova era, com novos desafios e uma maior consciência sobre os mesmos. Mas também com evidências e ferramentas que determinam uma urgência na necessidade de atuação. O Sporting abraça com garra e responsabilidade a entrada nesta nova era”, afirmou o presidente dos leões. “A jornada que apresentamos no presente relatório reflete o que temos feito e o que queremos fazer, para sermos um exemplo positivo, inspirarmos as pessoas e incentivarmos a mudança em direção a um futuro mais sustentável. Este relatório segue as melhores práticas do mercado, nomeadamente o alinhamento com a matriz ESG (Environmental, Social, Governance) e constitui em si mesmo um exercício de transparência com todos vós. Queremos que saibam o que temos feito e que possam fazer parte das melhorias que pretendemos implementar”, acrescentou. 

587 colaboradores,  23 por cento mulheres

Além do destaque para as práticas anticorrupção, o documento destaca a atuação do lado social dos leões. O clube revela que contou em 2021/22 com 587 colaboradores, 23% dos quais são mulheres em posições de gestão e 43% estão abrangidos por avaliações de desempenho, e procurou ajudar a comunidade com mais de 217 mil euros investidos em contribuições em projetos, entregou bolsas alimentares para atletas da formação que estavam em situação carenciada e acolheu nove futebolistas ucranianos, entre outras medidas.
“Temos um conjunto de princípios que nos caracterizam, nos guiam e nos distinguem. Acima da emoção com que vivemos o clube, existe uma razão de ser guiada por um propósito claro que nos fez nascer. E é a existência do mesmo, a sua sustentação nos valores que estão na origem da nossa fundação e da nossa história, que nos torna quem somos, define a nossa identidade, e nos torna únicos. É a partir desta base que, de geração em geração, transmitimos o que é ser Sporting”, rematou Frederico Varandas. 
Entre os vários aspetos enumerados, o documento deu ainda conta de um Sporting que procurou ser mais verde com recurso à ações ambientais. O clube assumiu a meta de atingir a neutralidade carbónica até 2050 e em 2021/22 começou a substituir a frota de ligeiros por veículos elétricos, mudança que deverá ficar completa em 2027. Os consumos de energia também estiveram na mira dos leões, que pediram uma auditoria energética e implementaram várias medidas para melhorar a eficiência.