Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de Sporting e Braga na vitória, por 2-1, dos leões sobre os minhotos em Alvalade.
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SPORTING UM A UM
Thierry Correia 5
Dois bons cortes nas melhores ações defensivas que protagonizou, aos 12" e 34", evitaram lances de perigo para o sector mais recuado. Pouco afoito em termos ofensivos, tremeu quando pressionado, revelando que continua a jogar sobre brasas. Pouco consistente.
Coates 6
Esteve perto do golo em duas ocasiões, ambas no mesmo minuto 16, forçando numa delas Matheus a defesa apertada após um cabeceamento forte. Algumas desatenções defensivas, como aos 32", em que deixou escapar Fransérgio nas suas costas - valeu o cabeceamento deste por cima. No lance do golo bracarense não foi bem sucedido na sua ação defensiva no inicio da jogada.
Mathieu 6
Bateu de frente com Hassan, travando um duelo intenso e que nem sempre conseguiu vencer. Porém, não comprometeu e em alguns lances, como aos 56", deu o corpo à bola, evitando que os remates contrários fossem à baliza. Acabou o jogo a fazer sprints e dobras importantes.
Acuña 6
Colocou toda a sua experiência ao serviço do coletivo no momento de sair a jogar sob pressão. Bem a definir as transições pelo flanco. Corte importante aos 55", quando na pequena área já tinha um rival pronto a cabecear para a baliza.
Doumbia 7
Sempre que teve de impor-se pelo físico saiu por cima, tal como em algumas recuperações vistosas. Confiante, esteve em plano elevado em duas transições com posse, aos 28" e 50", merecendo aplausos pela forma como recuperou, tirou um par de adversários do caminho e ainda soube entregar limpo ao colega.
Wendel 6
Excelente finalização a abrir o marcador após combinação com Luiz Phellype. Oscilou entre os momentos de clarividência em posse, conduzindo bem a bola, com os de menor esclarecimento, em que sobressaiu na definição inconsequente do passe. Lutou até estoirar fisicamente.
Bruno Fernandes 7
Inventou o golo que valeu os três pontos ao recuperar a bola perante a passividade de Claudemir, entrando com velocidade na área, driblando Bruno Viana e rematando na passada para o fundo da baliza de Matheus. Teve mais algumas aproximações à baliza contrária, mas sem o mesmo acerto. Exagerou nos protestos com as decisões da equipa de arbitragem.
Raphinha 5
Deixou Bruno Fernandes na carreira de tiro aos 5", esteve no início da jogada do primeiro golo e aos 61" forçou Matheus a defesa apertada. Quanto ao resto... inconsequente, marcado por momentos de excesso de confiança.
Diaby 4
Definiu mal, no passe e nas transições como se viu aos 58" - de tal forma que Mathieu levou os braços ao ar. Aos 37" inventou com um passe de risco para a sua pequena área e levou uma reprimenda.
Luiz Phellype 5
Fez a assistência para o golo de Wendel, tentou colocar agressividade na disputa da bola, mas nem sempre com benefícios para a equipa. Aos 50" esteve no centro das atenções, primeiro com um remate torto e por cima, depois de forma frouxa perante a saída de Matheus.
Neto 5
Dois ou três cortes importantes nos últimos minutos.
Vietto 5
Mal entrou roubou a bola e arrancou dois amarelos.
Eduardo 5
Uma recuperação e um remate.
A FIGURA
Renan 8
Três paradas colocaram-no como herói
Se o Sporting saiu do encontro de domingo com apenas um golo sofrido bem pode agradecer ao guarda-redes brasileiro que, na primeira parte, fez três defesas quase impossíveis, aos 30", 39" e 40". Hassan saiu em branco à sua custa. Mais tarde, no segundo tempo, novas intervenções apertadas, negando bolas de golo a Wilson Eduardo, aos 53", e Pablo, aos 65". Ainda tocou na bola rematada por Wilson Eduardo, aos 73", para o fundo da sua baliza, mas acabou por ser impotente. Seguro, apenas se viu em momentos de insegurança quando provocados pelos colegas. Atento e tranquilo a jogar com os pés.
BRAGA UM A UM
Matheus 7
Sem culpas nos golos de Wendel e Bruno Fernandes, revelou-se um osso muito duro de roer. O próprio Bruno Fernandes foi testemunha disso em três ocasiões flagrantes (5", 38" e 69"), com o guarda-redes a opor-se aos remates com enorme segurança. O poder magnético do brasileiro estragou ainda os planos a Coates, Luiz Phellype (saiu dos postes para fazer uma oportuna mancha) e Raphinha.
Ricardo Esgaio 6
Em boa forma, pareceu chegar e sobrar para todas as encomendas. Atento às movimentações de Acuña e Doumbia, nunca parou de alimentar o ataque.
Bruno Viana 5
Demorou algum tempo a aquecer e acabou por não ter velocidade para compensar a asneira de Claudemir no lance do golo de Bruno Fernandes. No segundo tempo, regressou, por fim, ao habitual nível (elevado) exibicional.
Pablo Santos 6
Intratável na marcação a Luiz Phellype e não só, deu o exemplo aos companheiros da defesa, preenchendo bem os espaços e encarando cada duelo individual como se fosse o último. Num golpe de cabeça, só não marcou golo por "culpa" de Renan.
Sequeira 6
De volta à equipa (não havia jogado contra o Brondby), esteve em quase todas, não concedendo grandes veleidades a Thierry Correia e Diaby. No plano ofensivo, garantiu uma mão cheia de bons cruzamentos.
Claudemir 5
Chegou a lidar bem com a pressão alta inicial do Sporting... até cometer um erro fatal em zona proibida: demorou a soltar a bola, foi desarmado por Bruno Fernandes e este arrancou para o segundo golo. Não baixou, porém, os braços.
Fransérgio 7
Depois de ter ficado parcialmente ligado ao golo de Wendel com um mau alívio, chegou a pincelar o relvado de lances de génio e só não faturou por uma questão de centímetros (fez duas bolas sobrevoar a barra) e também porque Renan estava em noite inspirada.
André Horta 6
Um fura-bolos para qualquer ocasião. Incansável a meio-campo, sempre com a intenção de criar linhas de passe para os companheiros da frente, ainda ameaçou o golo num remate de fora da área.
Wilson Eduardo 7
Talhado para grandes jogos e prático a decidir cada lance, converteu em golo uma bola devolvida pelo ferro, após remate de Ricardo Horta. Os leões suspiraram de alívio quando foi substituído.
Ricardo Horta 7
É uma espécie de Stradivarius na admirável orquestra do Braga. Com uma fiabilidade impressionante, deu música ao adversário, ora criando lances de perigo, ora aparecendo a rematar. Com um remate ao poste, precipitou o golo de Wilson.
Hassan 6
Uma noite em branco não costuma ser um bom registo para um avançado, mas o egípcio tem do seu lado uma incontornável atenuante: Renan. Com defesas estrondosas, o guardião negou dois golos cantados ao avançado.
Paulinho 5
Entrou cheio de vontade, mas faltaram-lhe oportunidades, numa altura em que o Sporting plantava o máximo de jogadores na retaguarda.
Murilo 5
Tentou imprimir velocidade no jogo dos bracarenses e causar desequilíbrios, primeiro pelo centro e depois sobre a direita. Valeu pelo esforço.
Galeno 5
Com bom toque de bola e muito imprevisível, entrou demasiado tarde.