Rúben Amorim arranca hoje a pré-temporada sem ter ainda qualquer aquisição ao dispor. É uma novidade. Alcochete vai abrir para os testes médicos e avaliações físicas. Casos de St. Juste e Daniel Bragança têm especial atenção, mas há também decisões a tomar quanto às quatro posições ainda por reforçar.
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Apesar de Frederico Varandas ter dito que o "planeamento estava em marcha", Rúben Amorim entra este domingo em Alcochete para o arranque da pré-temporada sem reforços. Esta é uma situação inédita com o treinador nos leões e representa os cuidados que a SAD tem tido com a sustentabilidade financeira.
Em 2020/21, Nuno Santos, Porro, Feddal e Adán fizeram parte da espinha dorsal desde o início, chegaram depois Antunes e Pedro Gonçalves. Em 2021/22, depois do título, os retoques foram dados nas laterais, com as entradas de Rúben Vinagre, o idealizado substituto de Nuno Mendes, e de Ricardo Esgaio. Ugarte chegaria em agosto. No ano passado, Fatawu estava no clube desde abril, Morita foi negociado nesse mesmo mês e St. Juste ainda oficializado em maio. Franco Israel chegaria para a baliza. No entanto, a lesão do central no início de época prejudicou o trabalho defensivo e Morita foi apressado a ser o "8" de serviço com a saída de Matheus Nunes em agosto, que não foi resolvida com a entrada de Alexandropoulos. Mesmo a demora para ter Arthur Gomes limitou o brasileiro. Trincão não fez a primeira semana de trabalho, mas foi cedido mais cedo do que o esperado pelo Barcelona.
Agora, a SAD privilegiou investir 9,7 M€ nos passes de Pedro Gonçalves e Ugarte, precavendo eventuais vendas, procede a renovações de contrato, como a de Neto - que será oficial a breve prazo -, e a melhorias salariais. Varandas está mais focado em evitar perder as pedras mais importantes do xadrez (Inácio e Pote) do que em investir. Até porque considera que Trincão, Edwards e Diomande foram jogadores caros e trarão rendimento com mais tempo sob o comando de Amorim.
Hoje nas primeiras avaliações médicas, pela manhã, há atenções redobradas em St. Juste, que teve uma recaída da lesão muscular de abril, e em Daniel Bragança. A SAD acredita que o meio-campo não precisa de um novo "8", Amorim prefere esperar para ver o canhoto e tem a noção de que este demorará até atingir níveis ótimos. Da formação sobem João Muniz, central, Afonso Moreira, extremo, e Calai, guarda-redes, trio que será avaliado. Mateus Fernandes, Tanlongo e Essugo têm treinos para alterarem a ideia do treinador, que entende precisar de um novo "6" e um "8". Diogo Travassos pode ser solução interna enquanto não há o lateral direito explosivo que Amorim também quer.
Todas estas posições podem ser alvo de reforço, mas primeiro está a vontade de fechar o avançado, com Gyokeres na linha da frente. Os internacionais têm mais alguns dias para se apresentarem e a vontade individual pesa nestes casos: Inácio competiu por Portugal, Morita pelo Japão, Israel há 14 dias pelo Uruguai. Só Tanlongo já está de férias há um mês.