Critério no passe e experiência são virtudes que pesaram na opção de Rúben Amorim em fixar o reforço no meio-campo
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De regresso a Alvalade com o estatuto de reforço mais sonante para a presente temporada, João Mário limitou-se a duas aparições como suplente utilizado, mas a hora da titularidade está a chegar após Rúben Amorim ter tomado a decisão final sobre a melhor maneira de encaixar o reforço no onze.
Técnico crê que a parceria entre o médio cedido pelo Inter e Palhinha é a que dá mais garantias na casa das máquinas leonina
De acordo com o que O JOGO apurou, o treinador acredita que pode tirar todo o "sumo" do médio cedido pelo Inter no miolo ao invés de colocá-lo como interior no apoio ao avançado, onde Pedro Gonçalves e Nuno Santos têm estado em bom plano.
Os números registados por João Mário frente ao Santa Clara ajudam a explicar a opção do comandante leonino. Nos 25 minutos em que esteve em campo, o médio acertou 18 dos 19 passes efetuados (95%) e ajudou a uma circulação de bola mais fluida na altura em que o Sporting procurava chegar ao segundo golo, que surgiu aos 81".
O critério ao nível do endosso da bola - explícito nos 100% de acerto em passes para último terço, passes para a frente e passes para trás (ver quadro ao lado) - é uma das virtudes de João Mário que convenceu Rúben Amorim a fixá-lo na posição que era ocupada por Wendel, negociado para o Zenit.
Outro fator a ter em conta é a complementaridade com João Palhinha. Nos 37 minutos jogados frente a FC Porto e Santa Clara, o campeão europeu demonstrou um bom entendimento com o colega resgatado ao Braga e esta dupla é encarada pelo técnico como aquela que dá melhores garantias no corredor central.
Contra o Gil , o 17 não pode jogar, mas o jogo com o Tondela deve inaugurar nova "era"
A ideia passava por voltar a juntar os dois já no duelo de amanhã com o Gil Vicente, mas a impossibilidade de utilizar João Mário - que só foi inscrito após a data inicialmente prevista para a realização do encontro da primeira jornada - adiou o início de uma nova "era" no miolo, ao que tudo indica, para a receção ao Tondela. Desta forma, Matheus Nunes será amanhã o eleito para jogar ao lado de Palhinha, como sucedeu nos últimos jogos.
Capitão sem braçadeira
Em declarações recentes, Rúben Amorim exaltou o "peso" que João Mário dá a um grupo recheado de jovens, onde a voz de comando do campeão europeu é atentamente escutada por atletas que almejam chegar aos mesmos patamares.
A capacidade de liderança do camisola 17 faz com que este seja um capitão sem braçadeira, utilizada por Coates, e uma extensão do treinador em campo na missão de organizar as tropas verdes e brancas. Conhecidos os colegas e a ideia de jogo está na altura de João Mário assumir um papel preponderante.
Primeiro golo chegou há seis anos
Formado no clube de Alvalade, João Mário afirmou-se no Sporting na temporada 2014/2015, após um empréstimo ao V. Setúbal, e não demorou a deixar a sua marca. No dia 26 de outubro de 2014, o jovem médio marcou o primeiro golo com o leão ao peito no triunfo sobre o Marítimo por 4-2 e abriu a "porta" aos restantes 13 que somou pelo clube lisboeta.
Ontem, João Mário recordou o momento no Facebook. "Que venham mais momentos destes!", escreveu o internacional português, na legenda de um vídeo do golo marcado após assistência de Nani.
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