Diretora executiva coordenadora demitiu-se por entender que não estavam reunidas condições para continuar o seu trabalho
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Sónia Carneiro demitiu-se do cargo de diretora executiva coordenadora da Liga Portugal. Um bater com a porta que deixa o Executivo da Liga, para já, reduzido a dois elementos mais o presidente.
O JOGO apurou junto de várias fontes que Sónia Carneiro, "número dois" da estrutura desde 2018, entendeu não estarem reunidas condições para continuar a liderar grande parte dos projetos do organismo que gere o futebol profissional, nomeadamente os mais estruturais.
Sónia Carneiro entrou para a Liga em 2015, para as funções de assessora jurídica, assumiu pouco depois o cargo de diretora executiva com a mesma tutela e subiu na hierarquia, para coordenadora da Direção executiva, em 2018. Graças ao seu papel agregador em áreas relevantes, em que a diplomacia mais musculada obrigava a compromisso entre os emblemas mais poderosos, libertou o presidente de conflitualidades constantes, próprias do futebol profissional.
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Ao mesmo tempo, tinha nas mãos as áreas e dossiês mais "quentes" da Liga, nomeadamente a organização e estratégia do Executivo para as assembleias gerais e alterações regulamentares. Foi, também, quem dinamizou áreas de desenvolvimento, como as pós-graduações em Gestão e Comunicação no futebol. Nas últimas duas temporadas, dirigiu todas as operações da Final Four da Taça da Liga.
É a segunda saída do Executivo presidido por Pedro Proença em cerca de três meses, contando com a demissão de outra diretora executiva, Susana Rodas, responsável pela área do Marketing e valorização de marca. Duas saídas que coincidem com o momento em que o organismo desenvolve esforços para antecipar o processo de centralização dos direitos televisivos das duas ligas profissionais. Após estas demissões, a equipa executiva de Pedro Proença encontra-se reduzida aos diretores Helena Pires e Tiago Madureira.