Matheus, guarda-redes do Braga, deu uma entrevista ao canal televisivo TNT Sports e assumiu que deseja ser chamado à seleção, seja a brasileira ou a portuguesa, visto que tem dupla nacionalidade.
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Jogar a Liga dos Campeões: "Passa um filme na cabeça! Na minha infância estava em casa a ver esta competição, e perceber que agora estou a ter oportunidade de a jogar, mexe comigo. E acontece a
qualquer um, mesmo àqueles que já tenham ganho várias Champions. Só peço a Deus
para desfrutar destes momentos, é uma sensação única."
No Brasil não se presta atenção aos jogadores que atuam em Portugal? "Antes de mais, tenho um sonho, que é representar a Seleção, não sei se a portuguesa, se a brasileira (risos). Mas penso que sim, aqui em Portugal sentimo-nos um pouco injustiçados e eu, no meu caso, acho que tenho feito boas épocas e não vejo essa oportunidade. E isso faz com que muitos brasileiros, mal tenham oportunidade de representar Portugal, não hesitem. E penso que, quando olham para as equipas portuguesas, é muito só para Benfica, Porto e Sporting. Claro que, se eu estivesse numa Premier League, por exemplo, teria muito mais hipóteses de ser chamado.”
Pensa em ser chamado à Seleção portuguesa? "Sim. Se tiver oportunidade, claro que sim. E sinto que essa é uma possibilidade maior, neste momento. Mas sabendo que aqui há grandes guarda-redes."
Chegada ao Braga: "Quando tive a proposta do Braga, foi na altura, a maior transferência do clube (América Mineiro). Na altura foi inesperado e tinha também propostas de outros clubes brasileiros, como o Cruzeiro e o Fluminense, mas graças a Deus deu tudo certo e vim para cá."
Adaptação a Portugal: "É um choque cultural: o futebol, o clima, as pessoas, tudo é diferente. Vim para cá quando tinha 21 anos e ainda era um menino. Pensava se ia dar certo ou não mas acreditava que Deus tinha tudo preparado. Passado uns meses conheci aqui a minha esposa, que já tem mais tempo aqui do que no Brasil. Assim, nunca fiquei sozinho, o que foi muito bom para a minha adaptação. Tudo correu bem e estou a fazer história neste grande clube que me abriu as portas."
Sucesso dos treinador portugueses no Brasil: "Procuram sempre estar atualizados, estudam muito e tentam trazer o melhor para os clubes que representam. São rígidos em tudo, como o peso, a massa gorda e outros detalhes. Tudo em prol do objetivo, que é ganhar. E fazem um ótimo trabalho em todos
os setores, o que nos ajuda a estar bem preparados para os jogos."
Trabalhou com Abel Ferreira no Braga: "Merece o sucesso que está a ter. Chegava sempre ao clube cedo e saía tarde, era atento a todos os detalhes e, com ele, o que fazes no treino, é o que vais fazer no jogo. Passa tudo bem detalhado aos jogadores e, os que conseguem entender a sua mensagem,
ficam sempre a ganhar. Sabe ganhar o grupo, ou seja, mesmo quem não está a jogar, está bem disposto e, quando for para entrar em campo, irá dar tudo para ajudar a equipa."