Golo do extremo ante o Tottenham correu mundo há um mês, mas desde aí só somou mais 15 minutos na equipa.
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Há um mês, a 14 de setembro, Arthur Gomes era notícia pelo mundo fora, um dia depois de ter arrancado, descarado, para a baliza do Tottenham. Na estreia pelo Sporting, no primeiro jogo em provas europeias, o brasileiro precisou de menos de um minuto para marcar o segundo golo da equipa.
Capacidade de romper as defesas a partir do drible é apreciada por Rúben Amorim. No entanto, técnico tenta nos treinos moldar aspetos defensivos do brasileiro e melhorar-lhe a decisão com bola.
Ainda assim, desde aí só voltou a ser chamado ao relvado numa ocasião, atuando, de forma discreta, diante do Boavista (2-1) no Bessa. Entrou aos 75" e veria no campo o golo da vitória axadrezada.
O brasileiro passa um período de verdadeiro anonimato, tendo apenas 16 minutos pela equipa leonina, esperando novas oportunidades. Tem bem ciente de que o treinador Rúben Amorim confia na sua evolução e que aprecia as suas características de driblador, fundamentais para desbloquear jogos fechados. As Taças serão uma plataforma para o atleta ter minutos e, mediante boas exibições, poder ganhar balanço para lutar pela titularidade mais à frente, sabendo da forte concorrência que tem junto a si nos treinos.
O último reforço de verão do Sporting tem dois jogos somados. Excluindo os períodos de compensação, tem apenas 16 minutos pelos leões.
O natural de Uberlândia tem sido limado durante os treinos, preparação específica, sabe O JOGO, de modo a ajustar-se melhor à ideia de jogo preconizada por Rúben Amorim. Uma das prioridades do técnico tem sido a forma como o jogador se posiciona no momento da perda de bola, as devidas compensações quer aos médios quer aos laterais, e também como pressiona a primeira linha de defesas dos adversários - Edwards, em 2021/22, demorou a afirmar-se pelas exigências defensivas do técnico.
Com bola nos pés, as diagonais de Arthur Gomes são tidas como uma mais-valia, porém o momento de soltar a bola, de definir os lances de contragolpe, principalmente, têm merecido reparos em Alcochete, notando-se, ao que foi possível saber, melhorias nesse capítulo.
Concorrência forte e sem lesões
Tal como acontecia com Tabata, a forte concorrência para o ataque tem limitado a ascensão de Arthur. Só que este ano a situação decorre da continuidade de Pedro Gonçalves, Trincão e Edwards, que não têm tido lesões, e ainda Rochinha que é o suplente mais utilizado para jogar como extremo. Só Paulinho e Jovane estiveram fora por problemas físicos, ambos com a função de avançado-centro, logo Arthur não beneficiou. Nos jogos com o Marselha, as expulsões levaram Amorim a optar por jogadores mais consistentes a defender.
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