Empresa espanhola vai explorar o espaço e a Briosa poderá vir a encaixar 15 mil euros mensais com isso
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Os sócios da Académica aprovaram hoje, por larga maioria, a cedência da concessão de exploração do jogo do bingo do clube a uma empresa espanhola, evitando a acumulação de prejuízos e o encerramento da sala.
Segundo a vice-presidente Maria José Vicente, que falava na assembleia-geral extraordinária, o grupo PEFACO, com sede em Barcelona e especializado no jogo, está disponível para um contrato que pode render, no mínimo, 15 mil euros mensais à "Briosa".
"Passaríamos de uma situação deficitária para receber, no mínimo, 180 mil euros por ano, sem qualquer encargo", salientou a dirigente, recordando que, em 2013, a sala de bingo registou um prejuízo de 40 mil euros e que 2014 "vai ser ainda pior".
Maria José Vicente adiantou ainda aos sócios que a PEFACO ficará impossibilitada de ceder a exploração a outra empresa e, em caso de falência ou quebra do contrato, terá de ceder novamente a concessão, de forma gratuita, à Académica.
"A parceria é excelente para a Académica salvar a sala de jogo do bingo, que precisa de muito investimento que não tem possibilidade de suportar, e manter os 18 postos de trabalho existentes", sublinhou a vice-presidente.
O presidente José Eduardo Simões, que falou já na fase final da discussão, revelou que o grupo PEFACO, responsável pela gestão de mais de 400 bingos em Espanha, está disponível para investir na sala de bingo da Académica entre 700 mil a um milhão de euros.
O líder academista disse ainda que as negociações decorrem ao nível da direção-geral e da secretaria de Estado do Turismo e que a empresa espanhola está em negociações com outros clubes profissionais de futebol.
A proposta para cedência da posição contratual na concessão de exploração do bingo foi aprovada com 55 votos a favor e 11 abstenções.
Na mesma assembleia, foi ainda aprovado, por maioria, autorizar a constituição da hipoteca voluntária do Pavilhão Jorge Anjinho a favor da Autoridade Tributária, num processo litigioso que envolve a Académica, por causa de uma dívida da PROCAC - Sociedade de Desenvolvimento Industrial de Construção, cuja maioria das ações (85%) pertence ao clube.