Ultrapassou o máximo de minutos pelo FC Porto e igualou o número de golos e assistências. O médio respondeu ao desafio de substituir Danilo, deu-se bem e agora só lhe faltam os títulos.
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É oficial: Sérgio Oliveira está a fazer a melhor temporada de azul e branco vestido. Até ao Boavista, o dado era só oficioso. Nunca o médio tinha tido um papel tão importante no clube do coração e isso era praticamente indesmentível. Agora, os números vinculam a opinião generalizada: Sérgio já bateu o máximo de jogos realizados, o número de minutos somados e igualou os golos marcados e as assistências para golo. Não restam dúvidas.
Com os 90 minutos somados no dérbi da Invicta, o médio que assumiu a titularidade em definitivo depois da lesão de Danilo chegou aos 1356 minutos na temporada e ultrapassou os 1293 somados em 2015/16. Nessa temporada, que começou com Lopetegui, passou por Rui Barros e terminou com Peseiro, Sérgio beneficiou dos maus resultados da equipa e das baixas no pós-janeiro, que lhe garantiram o tempo que até então não tinha somado. A história da temporada atual é, porém, muito diferente. É verdade que a lesão do Comendador "ajudou", mas já antes o "senhor 30 milhões" era importante aos olhos de Sérgio Conceição. Tanto que o treinador já lhe concedera 398 minutos em jogos de enorme importância: Mónaco, Sporting, Leipzig, Belenenses, Besiktas e Benfica. Era o médio dos jogos grandes, diziam.
Conceição não acreditava que Sérgio "só" servisse para reforçar um meio-campo a três e foi ele o escolhido para jogar com Herrera na lesão de Danilo. Seguiu-se a melhor forma da carreira e uma importância capital na equipa. Foram três golos e três assistências em apenas mês e meio. Tantas como os golos e os passes para golo que fez em 2015/16, também a este nível a época mais produtiva até ao momento. O camisola 27 do FC Porto abriu o livro precisamente no jogo em que se fixou como titular e marcou ao Braga. Depois, assistência para Soares fazer o único golo do jogo na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. A seguir, golo e assistência contra o Chaves e mais um tento contra o Rio Ave, antes de um período de menor fulgor que antecedeu o dérbi. Sérgio escorregou no penálti, mas já antes havia oferecido o 1-0 a Felipe. Desde que assumiu a posição, participou de forma decisiva em cinco dos dez jogos em que foi titular. E uma série assim também nunca havia experimentado. Nem no FC Porto, nem em nenhum dos clubes por onde passou anteriormente, ou por empréstimo (Beira-Mar, Malines, Penafiel e Nantes) ou a título definitivo (Paços de Ferreira).
Depois de cumprir o sonho de ser importante no clube do coração, Sérgio Oliveira aponta agora aos títulos, que na prática é o que lhe falta desde que saiu da formação. Ganhou apenas uma Taça de Portugal (2009/10), com 90 minutos frente ao Sertanense.