Atletas escandinavos são cada vez mais cobiçados e o emblema saloio acertou em cheio na contratação de Mads Lauritsen, defesa dinamarquês de 19 anos que se tem destacado. Com 18 jogos disputados, o internacional jovem pela Dinamarca tem mostrado forte presença em campo e boa adaptação ao futebol português.
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No norte da Europa, especialmente no que toca ao futebol, o talento brota e os jogadores nórdicos estão cada vez mais em alta. O Mafra identificou pérolas desse mercado e não hesitou em aventurar-se na Escandinávia para trazer Mads Lauritsen, nome que vem ganhando destaque no panorama da Liga Revelação. O dinamarquês, de 19 anos, escolheu Portugal como primeira experiência fora de casa e apresentou-se no Estádio Municipal de Mafra no início da época, proveniente do Midtjylland, clube pelo qual se sagrou duas vezes campeão no escalão sub-19.
“A proposta do Mafra atraiu-me pelo facto de competir na Liga Revelação, uma prova conhecida por facilitar na transição para o futebol sénior. Porém, imaginava que o caminho para a equipa principal seria mais acessível do que na Dinamarca, o que também foi um dos motivos da escolha”, partilha o defesa com O JOGO, enquanto avança alguns desafios desta mudança. “Gosto muito do clima, mas não aprecio a gastronomia portuguesa.”
Com 18 jogos disputados esta época, Mads tem mostrado não apenas uma forte presença em campo mas também uma distinta adaptação ao futebol português. “Inicialmente foi um pouco difícil, mas com o tempo fui chegando lá e agora sinto-me mesmo bem. Sinto que na Dinamarca se joga um futebol mais moderno do que aqui. As táticas e os posicionamentos dos jogadores são bastante diferentes. Além disso, noto que aqui há uma preferência por um jogo mais direto, enquanto na Dinamarca o jogo é mais tático”, entende o internacional jovem dinamarquês, revelando as suas virtudes como defesa: “Sou um central com bom pé esquerdo e tenho facilidade em jogar em equipa e queimar linhas. Sou competente nos duelos individuais, mas sinto que é aí que preciso de evoluir.”
O Mafra encontra-se no sétimo lugar da fase de apuramento para a Taça Revelação, já sem possibilidades de avançar para a próxima etapa, e o dinamarquês reconhece que o desempenho da equipa ficou aquém das expectativas, mas ressalva que tudo isso representou um valioso aprendizado. “Não acredito que, como equipa, tenhamos aproveitado ao máximo esta temporada. Mesmo assim, individualmente aprendi muito ao jogar numa equipa que não consegue vencer todas as semanas”, conclui.