Fábio Martins, antigo companheiro de Toni Martínez no Famalicão, diz que o espanhol não dá um lance por perdido e que tem um instinto matador, acreditando que vai deixar a sua marca no Dragão.
Corpo do artigo
Toni Martínez foi o terceiro, e último, reforço do FC Porto para o centro do ataque, completando uma verdadeira revolução nessa zona da equipa, em que Marega é o único que transita da época passada.
12900512
O avançado espanhol foi contratado ao Famalicão, onde teve como companheiro Fábio Martins, entretanto transferido para o Al-Shabab. O JOGO convidou o extremo a explicar o que Toni Martínez pode acrescentar ao FC Porto e o que o distingue dos outros avançados à disposição de Sérgio Conceição. E para Fábio Martins há duas características que saltam à vista: a humildade de quem sabe ouvir e a garra que, diz, é a mesma do treinador e do clube. Por isso, não duvida que o espanhol vai agarrar a oportunidade quando a tiver e deixar a sua marca no FC Porto.
O que é que o Toni Martínez pode acrescentar ao FC Porto?
-Pode acrescentar muito, sinceramente. Foi com grande felicidade que vi a contratação dele porque é daqueles que merecem. Trabalha muito bem, é humilde, sabe ouvir e é um jogador mesmo à imagem do treinador e do clube: tem aquela garra, combatividade e vai a todas. É aguerrido, não dá um lance por perdido e depois tem um instinto matador, ou seja, junta estas duas características. É fortíssimo nos duelos, no jogo aéreo e tanto pede na profundidade, porque gosta, mas também sabe segurar bem e jogar em apoio e remata muito forte. Acho que é uma grande contratação do FC Porto, sinceramente.
Mas ele rende mais sozinho ou com um companheiro na frente?
-Isso é difícil de dizer porque em Famalicão não jogávamos com dois. Por vezes subia um dos médios, o que jogava a 10, eu cheguei a fazer isso e o Pedro [Gonçalves] também na pressão. O nosso normal eram dois extremos abertos e ele sozinho na frente. Mas acho que se vai adaptar, passará por esse período, naturalmente, não para se adaptar ao campeonato, que já conhece, mas às ideias do clube porque é completamente diferente jogar no Famalicão e no FC Porto, mas vai dar-se muito bem.
"É um jogador mesmo à imagem do treinador e do clube e vai a todas. É aguerrido, não dá um lance por perdido"
O que o distingue dos outros avançados do FC Porto?
-Tem coisas de vários, tem a agressividade e a combatividade do Marega, que também vai ao choque; pede na frente, também como o Marega e o Taremi. O Evanilson, sinceramente, não conheço. Mas depois é requintado com bola, segura bem, joga em apoio e essa é uma grande vantagem. O Taremi também tem isso, gosto muito dele, mas o Toni quando tiver oportunidade vai agarrar porque é um grande jogar excelente profissional.
Estando num grande, acredita que vai marcar ainda mais golos?
-Os golos em si são relativos. Vamos ver se terá oportunidades logo de início, porque este é um contexto diferente, chegou com o campeonato a andar e vai ter de correr atrás. É sempre mais difícil ter essas oportunidades depois da pré-época feita e do campeonato começado. Acredito que quando tiver a oportunidade dele vai agarrar e deixar marca. Vai ser feliz e fazer golos. Ainda é jovem e tem uma grande carreira pela frente.
"O Toni tem a agressividade e a combatividade do Marega, que também vai ao choque; pede na frente, também como o Marega e o Taremi. Mas depois é requintado com bola"
Não vai acusar o salto para um grande?
-Não acredito que acuse o salto porque vai trabalhar forte. É um bom profissional, trabalha a sério, tem uma coisa que muitos miúdos novos não têm hoje em dia que é saber ouvir. Isso é muito importante. Eu também estou sempre a aprender e não é só com os mais velhos. Ele sabe ouvir e perguntar.