"Shikabala andava a gozar com o clube"

Sete meses foi o tempo que durou a ligação de Shikabala ao Sporting: o egípcio, tal como antecipado por O JOGO no domingo, já não conta para a temporada 2014/15 e as razões para o seu afastamento são de índole desportiva, mas sobretudo comportamental. Paulo Faria, empresário que, no último dia de janeiro, intermediou o ingresso do médio-ofensivo no emblema verde e branco, confirma que os dirigentes "querem ver o jogador fora do clube".

"Ficou um ano e meio sem competir, veio para o Sporting com o comboio a meio e não conseguiu apanhar esse comboio. Depois ainda faz toda a porcaria que tem feito. Isso é estar a gozar com as pessoas que trabalham com ele e com as pessoas do clube", atira o agente em entrevista à Rádio Renascença, declarações que reitera a O JOGO.

Shikabala é ainda acusado de ter premeditado o "esquecimento" do visto de saída do Egito aquando da deslocação da equipa do Sporting a Alexandria. Porquê? Para desfrutar de "dois ou três dias de férias" no seu país. "Ele não pediu o visto de saída e já sabia que ia ficar ali dois/três dias de férias no Egito. Não respeitou a entidade patronal. Provocou tudo para ficar lá, e sabe que o fez. Estamos a falar de uma equipa que luta para ser campeã... Onde é que o clube ia parar se todos os jogadores se achassem vedetas e tivessem este tipo de comportamento?", questiona Paulo Faria.

Regressar ao Zamalek é uma das hipóteses para Shikabala, que nos últimos dias fez abortar a transferência para um emblema grego. "Tínhamos uma proposta da Grécia para o Shika. Os clubes chegaram a acordo, era um empréstimo de um ano para ele poder jogar. No entanto, a uma hora do fecho da inscrição, o Shika desliga o telefone e o agente egípcio dele diz que não há interesse em ir para lado nenhum, que prefere jogar no Sporting. E eu avisei-o que não ia jogar nem na equipa A nem na equipa B do Sporting. As pessoas querem-no ver fora dali, já lhe toleraram muita coisa."