Agenda. Depois de uma paragem de duas semanas para os compromissos das seleções, o FC Porto joga cinco vezes em 17 dias. E atenção, só duas vezes em casa e contra Benfica e Chelsea.
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Se o FC Porto não foi beneficiado com um arranque fácil (o europeu V. Guimarães a abrir e logo depois a visita ao Marítimo, que tem sido um pesadelo nos últimos anos), o que se segue depois da paragem para os jogos das várias seleções nacionais só piora o cenário. Julen Lopetegui tem um mês de setembro tremendo ao nível da competição, com cinco provas de fogo para a equipa. Entre 12 e 29 deste mês, os dragões têm cinco jogos e apenas dois são em casa, logo contra Benfica e Chelsea, o primeiro adversário na luta pelo título, o segundo o atual campeão inglês, orientado por José Mourinho.
Os azuis e brancos pouco tempo terão sequer para respirar. A equipa jogará duas vezes por semana e a um ritmo alucinante. Começa já no próximo sábado, com a visita ao Arouca, que é um dos atuais líderes do campeonato e até já ganhou ao Benfica. Para piorar, o jogo será mesmo na sede do município e não no Municipal de Aveiro, num estádio que os portistas poderiam encher para contornar a habitual dificuldade que é jogar fora do Dragão.
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Menos de 48 horas depois do jogo em Arouca, o FC Porto viaja para a Ucrânia para defrontar o Dínamo de Kiev na primeira jornada da Liga dos Campeões. A equipa voltará na madrugada de quarta para quinta-feira e três dias depois recebe o Benfica para o primeiro clássico da época na I Liga. Isto após 10 horas em viagens de avião, com a desvantagem de o jogo do Benfica na Champions ser terça e em casa (contra o Astana).
O ciclo de jogos não termina aí, mas acalma. Lopetegui voltará a ter, então, uma semana completa de trabalho para preparar os dois jogos que fecham o mês. O primeiro é em Moreira de Cónegos e o segundo em casa, contra o Chelsea, na segunda ronda Champions.
Além destes cinco desafios, há muitos outros já calendarizados, mas protegidos depois por um contexto mais favorável, quer ao nível do tempo de descanso, quer no grau de dificuldade. Este período que se segue não pode ser, nesta fase da época, decisivo. Mas é importante para Lopetegui medir o pulso à equipa e a capacidade de esta reagir em conformidade a obstáculos que se preveem muito difíceis. Já agora, é também um convite a alguma rotatividade que há um ano, por esta altura, já se tornara célebre, mas que agora abrandou. Até porque há muitos reforços ainda à procura de se adaptarem. Layún e Corona ainda nem se estrearam...