Serviço de luxo à vista e iluminação vai mudar: todos os detalhes dos melhoramentos no Dragão

Eis um FC Porto a querer virar a página sobre a última temporada, a centrar-se numa nova colheita de sabores e estímulos, a redefinir-se desportivamente para atacar todas as frentes com superior vigor, mas também a fazer por se engrandecer na parte estrutural com traços elegantes e sedutores para o adepto e sócio. O Estádio do Dragão está em transformação, fruto do bolo auferido no contrato com a Ithaka. Uma parte de obras tem o alcance de poucos meses, visando o arranque de 2025/26, e outra será mais ampla e de maior peso financeiro, apontada a 2026/27, imperando uma lógica de charme, conforto e mobilidade interna.

Conversa de João Borges com O JOGO deu para clarificar alcance das obras no recinto portista. Imagem melhorada para o espectador já no início da nova temporada e alcance mais vasto para 2026/27.

João Borges, vice-presidente da Direção e diretor-executivo para a área operacional, falou com O JOGO sobre os projetos, os avanços e uma otimização de serviços em curso, por conta de um estádio que já pagava fatura de uma desatualização de valências para os tempos modernos. Para travar um desgaste de duas décadas, a SAD colocou mãos à obra a diferentes níveis. “Definimos três eixos: as infraestruturas, com renovação de certas áreas do estádio, entendam-se camarotes e uma abrangente noção de hospitalidade; a tecnologia, em que se vai imprimir um plano de transformação digital para revolucionar a bilhética e serviços, com o objetivo de melhorar a experiência do adepto”, expôs o dirigente, guiado de certezas do estofo do Dragão para um futuro próximo, como produto que transcende a febre desportiva. “Será um estádio dotado para acolher os maiores eventos do mundo, como o Mundial’2030 e concertos das maiores estrelas”, informou João Borges, garantindo um plano de ação que “reduza a insatisfação do adepto no uso diário” do recinto. Um grande esforço e um “dos maiores investimentos” nessa procura do utilizador comum terá resposta na “criação de uma cozinha central de produção própria e com níveis de reposição rápidos e qualidade acima da média”.

Serviço de luxo à vista

No que são as reformas de imagem do Dragão, há uma ideia de modernizar os camarotes com vista a uma utilização mais prática, bem como operar transformações em áreas comuns das bancadas, focando a intervenção ao nível dos bares e casas-de-banho. Se aqui se atua para entusiasmar o adepto já no início de 2025/26, há um plano mais elaborado para o início de 2026/27. “Apostaremos na criação de novas áreas ‘Premium’, exclusivas ao nível de conforto, e zonas VIP. É um serviço de luxo, com a ideia de se adequar ao espaço físico. A oferta não era condigna, um estádio com 20 anos, apesar de ser um dos mais belos da Europa, estava já muito ultrapassado”, frisou João Borges, lançando uma estimativa aproximada de cinco mil lugares de áreas Premium.

Iluminação vai mudar

Eixos importantes de presente e futuro nesta requalificação do Dragão passam pela iluminação e cobertura. O primeiro foco avança, de pronto, pois o FC Porto já corria o risco de “não cumprir a breve prazo as normas da UEFA e FIFA”. Outro risco a pairar prende-se com a cobertura do recinto, datada e já a ficar algo degradada. “Substituir a cobertura passou a ser uma exigência, mesmo sendo um investimento muito elevado. Já foi iniciada a consulta do mercado e vamos ter de avançar.  Entre validação de propostas e a troca da cobertura é algo que não demora menos de 18 meses. É uma obra que só pode ser feita em intervalos de competição”, explanou.

No que toca à estratégia de ocupação do recinto em dias de jogos, João Borges deu eco às medidas mais revolucionárias. “Passará a existir uma plataforma integrada para o estádio e pavilhão para venda e renovação de lugares. O Dragão Arena passará a ser contemplado com venda de lugar anual em formato digital”, expressou, esmiuçando. “Vamos permitir que cada adepto liberte jogos para revenda do seu lugar. Nesse processo, recebe uma percentagem da venda na sua conta-corrente. Vamos aumentar a receita e garantir uma imagem mais preenchida. O lugar anual também poderá ser pago em prestações, que não ocorria”, esclareceu.