Costacurta, míítico central do Milan, que até foi rival de Sérgio Conceição no “Calcio”, dispara elogios ao técnico do FC Porto e considera-o a melhor solução para treinar um clube como o Milan
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Alessandro Costacurta já elegera, numa entrevista recente em Itália, Sérgio Conceição como um candidato bastante capacitado para tomar conta do Milan no pós-Stefano Pioli, que estará de saída ao fim de cinco épocas no comando da equipa. O antigo central, esteio lendário do melhor Milan da história, abalizado por uma vida inteira no mesmo clube (662 jogos), fala agora a O JOGO do treinador do FC Porto como um gigante nesta corrida ao banco ao rossonero, reconhecendo-lhe um perfil que encaixa na competitividade que exibia como jogador.
Ex-capitão dos “rossoneri” desvaloriza a passagem do técnico portista pelo Inter. “Em Itália isso não é problema”, garante a O JOGO, elogiando-lhe a arte para rentabilizar plantéis com orçamentos baixos.
“Creio que tem feito uma carreira muito importante e positiva. Para mim, seria um ótimo candidato aos melhores clubes da Europa”, sustenta. “Se me perguntas se pode estar à altura do Milan, tenho toda a convicção que sim, que tem caraterísticas adequadas e seria, garantidamente, uma das melhores escolhas. Pelo menos ao meu gosto”, afiança Costacurta, desvalorizando outras alegadas possibilidades. “Não rejeito que existam outros nomes apontados, mas acredito mesmo que o Sérgio é, entre os que se vão ouvindo, aquele que melhor encaixará no banco do Milan. Pelo caráter forte, por ser um treinador muito categórico na liderança, vejo-lhe caraterísticas que o adepto do Milan encontrou em Sacchi e Capello”, compara Costacurta.
Embora acredite que o maior desejo dos “tiffosi” do Milan fosse Carlo Ancelotti, Costacurta sabe que também “é alguém muito particular.” “Tentando ver este perfil, Sérgio Conceição seria muito bravo taticamente e feroz a ler as partidas e a estudar o adversário. Basta lembrar como foram os jogos com o Arsenal. A escolha seria ainda uma ótima estratégia orçamental, pois já fez grande figura frente a orçamentos muito superiores aos do FC Porto”, avalia o ex-internacional italiano, rebobinando a fita daquele extremo-direito que impunha respeito no “Calcio”.
“Foi um ótimo adversário e um jogador muito combativo. Não era daqueles que insultava ao sofrer uma falta, era correto. Se assim era como jogador, também o vejo assim como treinador. Sempre que veio a Itália e o ouvi falar depois dos jogos, foi alguém sempre disponível e muito claro”, assegura o antigo central, tirando qualquer peso à ligação que Conceição teve com o Inter. “Em Itália isso não é problema. Nem vejo que seja um capítulo que influencie o que quer que seja. Pioli foi bem recebido, teve sucesso, e também treinara o Inter. Não importa como noutros lugares”, conclui.