Sérgio Conceição, o regresso de Otávio e as lesões: "É fácil perceber o porquê..."
Declarações de Sérgio Conceição na antevisão ao jogo com o Rio ave, da ronda 21 e marcado para as 20h30 de sábado.
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Lesões dificultam gestão? "Não há como pensar no próximo jogo... Se eu não tenho jogadores suficientes e tenho, provavelmente, de ir buscar um ou outro jogador à equipa B... É impossível pensar noutro jogo. Gestão de quem? De jogadores que não existem? Não se pode. É olhar para este jogo como uma final. A nossa Liga dos Campeões é contra o Rio Ave."
Perspetiva para regresso do Otávio à equipa? Já foi integrado? "Não, não tenho perspetiva nesse sentido. Quer dizer, tenho uma ideia que o Otávio vai regressar com certeza ainda esta semana, está definido para regressar amanhã, e depois dar continuidade ao que o departamento médico tem definido, ou que definiu nestas duas semanas, e entrar na terceira semana, sempre liderado pelo doutor Nélson Puga. Independentemente de nem tudo correr às mil maravilhas, como em todo o lado, porque é impossível, temos uma relação, todos nós, em sintonia, para da melhor forma tentarmos recuperar os jogadores da melhor forma possível."
Lesões: "Agora, um parênteses. Tive a oportunidade de dizer que a avaliação que nós temos de fazer sobre um ano atípico com um Mundial no meio da época, faríamos no final, e vou fazer, mas perante este cenário temos reunido, debatido algumas situações e também é fácil perceber o porquê destas lesões. Ficou completamente adensado o calendário. Num mês fizemos 10 jogos, e depois não é só os jogos. Está provado que tudo o que seja quatro dias ou menos, aumenta seis vezes o risco de lesão. Tivemos no meio da Taça da liga, mais um outro jogo em que tivemos 72 horas. Mas temos de olhar se são mesmo 72 horas, porque não são. Cada vez mais as operadoras, quem tem os direitos televisivos, quer mais jogos, jogos de qualidade, e nós temos de andar num corrupio de viagens. Depois, se vou a Viseu e jogo às 20h45, chego ao Dragão às 3h30 e os jogadores chegam às 5h a casa não são 72 horas. É muito menos. Há que refletir muito. Não só eu. O trabalho não difere em nada nestes seis anos. Temos de olhar para tudo, toda a gente, para termos espetáculo sempre. Os jogadores estar preparados para jogar de 72 em 72 horas com qualidade, para a performance não baixar em nada, mas depois é o resto, há mais propensão para lesão, sem dúvida nenhuma. A que horas são os jogos, que viagens temos pelo meio, é uma questão que temos todos de refletir."