Conceição: "Fui a voz do descontentamento geral que provocou a derrota com o Liverpool, só e mais nada"
Declarações do treinador do FC Porto em conferência de antevisão à receção ao Paços de Ferreira, agendada para as 18h00 de sábado e a contar para a oitava jornada da Liga Bwin.
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Paços de Ferreira: "No geral continua a ser uma equipa bastante competente, saiu um ou outro, mas a maior parte, estiveram muito bem, continuam lá. É uma equipa que não perde há alguns jogos, tem muitos jogos esta época, dá possibilidade de estarem jogados e perceberem dinâmicas. Equipa com qualidade, que com certeza não tem nada a perder e vem tentar aproveitar o nosso momento. é mesmo assim, no pós-champions. Estou mais focado no que é a minha equipa."
Liverpool: "Fui a voz do descontentamento geral que provocou a derrota contra o Liverpool, só e mais nada."
Mensagem passou para o Paços de Ferreira passou? "A mensagem que foi passada é a mesma mensagem que é passada há quatro anos. Existe uma base de comprometimento no clube, e há certos princípios que têm de ser respeitados. É dentro desses princípios que nos focamos. Depois há a estratégia para o jogo e aí o único responsável por não conseguirmos ter um resultado positivo sou eu. Em muitos outros [jogos], em três anos na Champions, este é o quarto, foi sempre enaltecida a boa campanha internacional que tivemos, mesmo há bem pouco tempo, derrotando o atual campeão europeu e ao ser a única equipa a tirar pontos ao City, ganhámos a uma equipa poderosa como a Juventus, e agora parece que caiu o Carmo e a Trindade, acho bem e gosto disso. O FC Porto é uma equipa habituada a ganhar. Com duas ou três baixas, Liverpool perdeu contra uma equipa média, 7-2, Aston Villa, na Premier League. Há resultados e jogos que dentro da preparação e contexto, há situações que controlamos e outras que não, acontece. Não queria que acontecesse, trabalhamos para que não aconteça, aconteceu, agora não há nada a fazer. Há a fazer, contra o Paços."
Implicações do jogo com Liverpool no Paços: "Não há implicações nenhumas, foi analisado aquilo que não foi feito, falei da mesma forma com os jogadores, de forma frontal, como faço há quatro anos, há 10 como treinador, e falei com a Imprensa. Talvez estejam habituados a levar com um ou outro bluff no fim dos jogos, de quem analisa os jogos, eu não. Meto muito o meu sentimento cá para fora. Se é mais ou menos correto, se as pessoas gostam mais ou menos... Foi algo disparatado? Não. Foi o meu sentimento. Fui eu o principal responsável, mas há coisas que temos de falar e analisar o porquê de não acontecerem coisas que estavam planeadas para que o jogo corresse tão mal. Não posso ter aqui uma mensagem e com os jogadores outra. Não faz parte do que eu sou como pessoa, não faz sentido. Não sou capaz de ver outro jogo. Uma ou outra situação pode sair exagerada, mas é o meu sentimento no momento e é aquele que passo aos jogadores. A mensagem sai da forma como eu sou. Não abdico das minhas convicções e sigo-as sempre, não abdico, por ambientes, pressões ou qualquer tipo de situações."