O lateral fez uma época acima da média, que teve como clímax o play-off com o Lourosa. Rui Santos já previa esta evolução. Com seis golos e dez assistências, Conceição foi o jogador mais influente do Feirense, tendo o último bis sido decisivo para a permanência. O seu antigo treinador fala de um atleta especial.
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Sérgio Conceição voltou a reencontrar-se no Feirense, tendo feito a melhor época da carreira, pois participou em 38 jogos e conseguiu seis golos e dez assistências, naquele que foi um registo pouco comum para um lateral, sobretudo depois de na última metade da época anterior ter feito apenas quatro jogos pelo Portimonense. O ponto alto do jogador de 27 anos foi atingido na segunda mão do play-off frente ao Lourosa, no qual bisou e ajudou a equipa a dar a volta ao dérbi (3-0), desfecho que assegurou a permanência feirense na II Liga.
Rui Santos, treinador que orientou o filho de Sérgio Conceição no Estrela da Amadora durante época e meia, já lhe tinha visto o potencial.
“Quando começou a trabalhar comigo no Estrela da Amadora, o Sérgio vinha de uma fase de alguma instabilidade na carreira. Tinha andado por vários clubes, também por inerência da profissão do pai. Estava nos sub-23 da Académica e surgiu a possibilidade de o contratarmos. Enquadrava-se no nosso perfil de jogador: jovem, com ambição e vontade de evoluir na carreira, e felizmente as coisas correram muito bem”, recorda a O JOGO o técnico que no Estrela conseguiu a subida do CdP à II Liga com uma equipa onde Sérgio, mas também Zé Pedro (FC Porto), estiveram em destaque. “Lá também fez umas sete ou oito assistências. Agora está numa fase ideal de maturação. Tem um controlo emocional muito maior do que tinha há uns anos, foi evoluindo. Se tiver de dar um salto para uma I Liga está muito bem preparado e tenho a certeza que vai dar uma boa resposta”, perspetivou o treinador que agora orienta o Barreirense.
“Mesmo no pós-treino é preocupado com a alimentação, a recuperação e o trabalho de ginásio. É um jogador um bocadinho na linha do Zé Pedro, que também esteve connosco e hoje é bastante influente no FC Porto”, expõe Rui Santos, conhecendo-lhe “a paixão, liderança e competitividade nos treinos, que contagia os companheiros, e a disponibilidade física” como fatores diferenciadores para “encaixar em qualquer equipa”.