Sérgio Conceição: "Era bom trazer um atleta, além de que me aliviavam três ou quatro questões"
Declarações de Sérgio Conceição na antevisão ao jogo com o Benfica, marcado para as 18h00 de sexta-feira
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O clássico e saldo positivo com o Benfica: "A confiança não advém dos resultados contra essa equipa ou outro adversário. A confiança vem do trabalho diário, do que fazemos. Ganhamos confiança com o que fazemos. Benfica é como outro adversário qualquer de grande nível e vamos continuar a defrontar nas nossas vidas desportivas. Não mais do que isso."
Preparação e lesionados: "Independentemente das condicionantes, há sempre forma de trabalhar, nem que seja um lançamento lateral. Obviamente que toda a gente, ao longo dos últimos dois dias em que tivemos tempo para trabalhar essa estratégia, queria ter toda a gente disponível. Queria que os lesionados tivessem ritmo competitivo. Podemos contar com o Pepe amanhã, mas está sem jogar há quase um mês. Sei disso, o jogo é o jogo, mas é diferente dos treinos. Não estaremos no máximo, mas nunca utilizei como desculpa a ausência de um ou outro jogador, hoje também não o vou fazer. Temos noção da importância do jogo amanhã."
Quem pode recuperar: "Vamos até à última. O Diogo Costa e o Pepe parecem-me bem melhores. O Evanilson não sei mesmo. O João Mário com dificuldades também, o Zaidu também. Penso que os primeiros dois poderão estar a 100%".
Sem bluff: "Nestas conferências deixam-me sempre em dificuldade. Tudo o que possa dizer ou aprofundar pode levar para um lado diferente da minha intenção. Estou a ser o mais sincero possível. Depois é um título que não será interessante para o jogo de amanhã. Falar do Rafa, do Neres... Isso para mim é que é falar de futebol. Depois do jogo em si eu estendo-me ao comprido, Falando mais de lesionados... Depois amanhã não está o Pepe e o Diogo e houve bluff da parte do treinador. Não sabemos, estou a ser sincero."
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Pressão: "Era bom trazer um atleta nestes jogos também. Iam confirmar aquilo que eu vou dizendo. Não tudo, mas aquilo que vou dizendo durante a semana. Se nós caminhamos e estamos constantemente a olhar para trás, corremos o risco de tropeçar. É preciso avaliar, sim, a capacidade do Braga e do Sporting, que vêm atrás. Mas nós, FC Porto, temos de olhar para a frente. Essa pressão faz parte. Este é o discurso que tenho com os meus jogadores. Era bom trazer um atleta para isso, além de que me aliviavam três ou quatro questões (risos)".
Última deslocação Luz, onde carimbou o título: "São jogos, contextos e anos diferentes. Com ou sem os jogadores que cá estavam antes, não precisamos de pensar no peso emocional. Os duelos com as equipas mais decisivas temos ganho, como aconteceu com o Sporting, ainda com o Braga, em que ganhámos um e empatámos outro, sendo que perdemos com o Benfica. Mas os títulos não se ganham nestes jogos de grandes, há que olhar também para os não grandes, é uma caminhada".
Lesões têm prejudicado a equipa: "Ter muitas opções ou as más dores de cabeça, que acho que nenhum treinador quer... Isso vamos vivendo e o meu discurso nunca mudou, tenho confiança total mesmo nos jogadores que sobem da equipa B, num sentido positivo de serem opções na equipa principal. Se aqui ou acolá me quiser referir da beleza do jogo, eu quero é ganhar, utilizando quem tenho à disposição. Na época passada, praticámos um futebol fantástico com outros jogadores numa dinâmica diferente, mas lá está é a história do bombo e do violino. Numas terras gostas de uma coisa e noutras de outra".
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É um jogo importante, mas não decisivo? "Os nossos jogos são todos decisivos e ganham essa força a partir do momento em que ficam a faltar sete jogos depois deste. Se não ganharmos o jogo a seguir ao da Luz, ficará difícil na mesma. Podemos sair da Luz com menos 13 pontos, a sete do Benfica ou com a mesma diferença de hoje. O nosso foco é ganhar os três pontos".
Parte emocional do jogo: "É um jogo importante, é um clássico onde se defrontam as duas equipas com mais títulos nos últimos anos. A nível emocional , nós preparamos os jogos da mesma forma. Obviamente que o ambiente de um jogo desta dimensão é outro e os jogadores sentem isso. Mas quando um árbitro apita, nós esquecemos tudo o que está à nossa volta. Gostaria que todos jogassem de tampões nos ouvidos para se focarem nas tarefas do jogo, mas o que eu passo à equipa é que o meu estado de espírito é sempre igual, jogue contra o Benfica ou não. É verdade, estamos a uma distância para o rival que não estamos habituados e sabemos o jogo que nos espera, mas não temos o cenário de não ganhar o jogo na nossa mente. Depois temos de ganhar, mas na preparação só há uma palavra: vitória. E não foi uma referência à águia".
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Mural com Pinto da Costa e Pedroto: "Acho que isso tem pouco a ver com o jogo de amanhã. Neste clube, nós estamos permanentemente pressionados a dar o nosso melhor. Se o jogo tiver o resultado que nós queremos, tudo bem. Para nós, perder, é um problema. Não gostamos. Vivemos de forma intensa as derrotas. Mas isso tem o valor que tem, estou muito longe dessas figuras ilustradas no estádio. Se não ganhar amanhã, muitas das opiniões mudam. Vivemos de resultados".