Treinador do FC Porto satisfeito com a forma como a equipa soube corrigir lacunas no jogo interior que marcaram a primeira parte e avançar com uma goleada caseira ao Vitória de Guimarães (4-0), na passagem aos quartos de final da Taça de Portugal
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Sérgio Conceição espera que este FC Porto chegue ao Jamor, esse palco "marcante" que conheceu "como jogador e como treinador", do qual ficou mais perto, esta quinta-feira, ao eliminar o Vitória de Guimarães com uma goleada caseira, na qualificação para os quartos de final da Taça de Portugal. "Por vezes, é muito difícil para o adversário parar este jogo ofensivo da equipa", admitiu, em declarações à Sport TV.
Identidade: "Sabíamos, independentemente da equipa do Vitória que entrasse em campo, que seria competitiva, à imagem daquilo que é o Pedro [Martins] como o treinador e desse clube histórico que é o Vitória. Nós entrámos bem no jogo, fizemos um golo. Faltou-nos, na primeira parte, alguma velocidade e alguma diversidade na circulação de bola, nomeadamente, no jogo interior, que temos como característica forte. Corrigimos, numa segunda parte bem melhor. Chegámos ao segundo golo e a partir daí vimos um FC Porto sempre com intensidade, à procura do golo que nos desse a tranquilidade, e assim aconteceu."
Danilo e Herrera muito importantes: "É muito importante a dinâmica da equipa, no nosso processo ofensivo. Os dois médios são importantes, mas também os nossos alas, porque jogamos com dois avançados e [é importante] descolar, perdoem-me a expressão; não ficarem colados à linha defensiva, e haver sempre essa alternativa de jogo interior e, a partir desse momento, então, explorar os flancos, cruzamentos, muita presença na área. Faltou-nos um bocadinho disso, na primeira parte, apesar de termos o jogo controlado, de fazermos o golo; tivemos duas bolas no poste. Mas, penso também, perante um Vitória desinibido, a dar uma boa réplica, muito bem organizado defensivamente, principalmente, na primeira parte. Mas, depois, com a nossa intensidade de jogo, que normalmente temos durante os 90 minutos, fica difícil para as equipas continuarem com essa organização. O nosso jogo ofensivo é forte, somos uma equipa objetiva, que procura sempre baliza e, por vezes, não é fácil para os adversários contrastar estas características."
Gestão: "Vamos gerindo da melhor forma. Hoje, o Brahimi não jogou porque estava com alguma fadiga muscular. Independentemente disso, jogou o Corona, que deu uma excelente resposta. Mesmo no próprio jogo, quando senti o Marega já com algum cansaço, meti-o na frente e meti o Tiquinho [Soares] por trás. Há várias nuances que incutimos na equipa, durante o jogo, e eles estão preparadíssimos. Por vezes, é muito difícil para o adversário parar este jogo ofensivo da equipa."
Jamor: "É um dia diferente, bonito. A festa da Taça é marcante. Tive oportuniodade de lá estar como jogador e também já como treinador. Este clube merece que estejamos no Jamor, em maio. Vamos fazer tudo para que isso aconteça. Hoje, foi importante ganhar perante um Vitória muito bem organizado e a quem desejo todas as felicidades para o campeonato.
Fala o Pai: "Permitam-me mandar um beijinho ao meu filho, que faz 15 anos e sofre muito com o meu trabalho, como toda a minha família."