"Sempre quis experimentar outras realidades, mas as propostas foram de equipas ao mesmo nível"
Thomas Militão, capitão do Caldas, espera atingir a permanência no último jogo em casa, ante o Oliveira do Hospital, com ajuda dos adeptos
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Com uma vantagem de quatro pontos para a zona de despromoção, o Caldas pode festejar no domingo a permanência, na receção ao Oliveira do Hospital, caso obtenha um resultado positivo. Apesar de o empate também servir, Thomas Militão assume que a equipa vai querer ganhar para oferecer a vitória aos adeptos no último compromisso em casa.
Com uma ligação de 23 épocas ao Caldas, o capitão nunca conheceu outro clube ao longo da carreira. Aos 32 anos, assume que chegou a ter propostas, mas nenhuma o fez querer sair da zona de conforto.
“Este jogo é de extrema importância para ambas as equipas. Vencendo, o nosso objetivo da época fica garantido. Como é o último jogo em casa, torna-se ainda mais especial e apetitoso. Por norma, nos últimos jogos temos sempre boas casas, pois é nestas alturas que conseguimos garantir os objetivos e os nossos adeptos vão-nos empurrar para a vitória”, perspetivou o capitão do Caldas, antevendo dificuldades perante um adversário que está na zona perigosa da tabela e que, a dois jogos do fim, “joga uma cartada decisiva.”
“Queremos unir a nossa força enquanto grupo com a dos adeptos”
“O Oliveira do Hospital tem-nos dificultado muito a vida esta época. A chave é estarmos organizados, mentalmente fortes, não nos desestabilizarmos e conseguirmos unir a nossa força enquanto grupo com a força dos nossos adeptos. Quando isso sucede, acontecem coisas especiais na Mata”, explicou o central, a completar a 23.ª temporada no emblema das Caldas da Rainha, o único que conheceu em toda a sua carreira.
“Sempre quis experimentar outras realidades, mas as propostas que tive foram sempre de equipas ao mesmo nível do Caldas e não fazia sentido sair da zona de conforto para estar a disputar o mesmo campeonato. Gostava de ter experimentado a I Liga ou a II Liga, mas não se proporcionou”, contou o luso-francês, de 32 anos, focado em manter o clube na Liga 3 pelo quarto ano consecutivo. “É impensável não ver o Caldas na Liga 3. O grande objetivo era ficar nos quatro primeiros. Estamos a fazer uma boa segunda fase”, salientou.
Futuro pode depender das eleições
Thomas Militão ainda não sabe se o seu futuro passa pelo Caldas, clube que terá eleições na sexta-feira, sendo certo que a atual Direção não se recandidata.
“Ainda não acertei a minha renovação, e é algo em que não tenho pensado muito. Estou mais focado em deixar o clube, que passa por um momento atribulado, onde tem de estar, que é na Liga 3. Vai haver mudanças na Direção, com as eleições, e não é a altura correta para se acertar isso”, explicou o central, que tem “uma mentalidade forte e sacrifica-se sempre pelo grupo dentro de campo.”
Caso não continue, assume que ficará ligado ao Caldas de “forma vitalícia”.