Presidente da Liga admite que o futebol pode ter de usar instrumentos colocados à disposição pelo Governo.
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Pedro Proença, presidente da Liga, concedeu esta terça-feira uma entrevista à TSF, na qual abordou a necessidade de os campeonatos regressarem rapidamente, assim como as consequências económicas, no que toca aos milhões de prejuízo.
"Temos feito um acompanhamento relativamente a estas matérias. O futebol é uma indústria. Foi constituído um grupo de acompanhamento de impacto económico. O grande número só podemos saber no momento em que percebermos qual vai ser o tempo para retomarmos a atividade O futebol vai ter de se regenerar, vai de ter de se reinventar. Dependerá sempre da variável que não conhecemos hoje: o tempo", explicou.
A possibilidade de o layoff, à semelhança do que tem acontecido com muitas empresas, ser uma solução no futebol, foi analisada. "São instrumentos que Governo tem colocado a disposição de todas as empresas, um conjunto de instrumentos que podem ser utilizados. O futebol terá de colocar em cima da mesa todas as possibilidades. Se o tempo esticar, se não voltarmos com alguma rapidez à normalidade, se as receitas reduzirem, os clubes poderão ter de usar esses instrumentos", vincou.
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"O futebol teve a grande responsabilidade e capacidade de ser uma das atividades que antecipou tudo o que estaria para acontecer. Todos percebemos a importância que o futebol tem e vai ter no restabelecer do ânimo dos portugueses. Toda a gente está sob grande pressão. O futebol, tendo este papel tão fundamental, tem de ser tratado como qualquer indústria", rematou Proença, quando questionado sobre as declarações de António Costa, que referiu não ver no futebol uma prioridade.