Em luta titânica por novo acesso à Champions, guerreiros não podem falhar em Vizela. António Conceição gaba plantel arsenalista.
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Num jogo de alto risco, o Braga não pode falhar em Vizela, a fim de não deixar cair a ilusão do segundo lugar e manter o Sporting longe do assalto ao terceiro posto. Na casa de um adversário tranquilo, ainda bebé no convívio dos grandes, por ter apenas três presenças, os arsenalistas não se podem descuidar, pois em Vizela há motivação acumulada por recentes resultados, tranquilidade crescente e um ambiente que sempre fervilha, jogue-se contra quem se jogar.
António Conceição cresceu como jogador dos guerreiros mas também se destacou em Vizela; rende-se ao trabalho das duas equipas e alerta para todos os perigos que o Braga pode encontrar nesta visita.
António Conceição é um perfeito conhecedor das duas realidades, até porque, como jogador, cresceu em Braga e valorizou-se três épocas em Vizela, voltando reforçado ao 1.º Maio para se destacar como um dos jogadores mais sólidos anos a fio.
"O Braga luta pelos lugares cimeiros e, agora, fora das provas europeias, aposta tudo em entrar diretamente na Liga dos Campeões. Não é fácil para ninguém jogar em Vizela, basta ter a memória da grande exibição contra o Benfica, em que ficou um resultado enganador. O Braga tem as suas responsabilidades, mas do outro lado há um futebol muito agradável e um rendimento muito sustentado, onde convergem bons jogadores e um trabalho coletivo de excelência", explica António Conceição, que esteve em campo pelo Vizela numa das duas vezes em que o Braga foi visitante para as contas da Liga. Aconteceu em 1984/85 e os locais venceram por 2-1.
Braga jogou duas vezes com o Vizela como visitante na Liga: perdeu em 84/85 e ganhou em 21/22 com golo de Iuri
"Há um fator chave que é o público, que transmite muito calor à equipa e contagia os jogadores. Isso é logo meio ponto contra. Além disso, o Braga enfrenta o momento desportivo do Vizela que galvaniza os jogadores. Para contrariar tudo isso, o Braga tem de apresentar todas as suas forças."
O técnico, de 61 anos, sente os minhotos robustos nos argumentos para não perderem gás até final da época.
"Saiu o Vitinha, que era uma solução muito boa, mas o Banza e o Ruiz apareceram muito fortes nesta segunda volta. Não me parece que um jogador vendido em janeiro fosse influenciar um rendimento menos bom. Há um plantel belíssimo, o Braga tem de continuar a jogar no seu todo, em razão do seu coletivo e as individualidades aparecerão, seja a partir do onze ou do banco. Qualquer treinador tem de se sentir feliz com um plantel assim. Mas em Vizela tem de estar ao nível dos melhores dias, com uma estratégia forte para sair rápido da pressão alta do adversário e saber travar as transições e as dinâmicas contrárias por todos os corredores", aferiu o antigo selecionador dos Camarões.
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"Artur Jorge foi aposta certa, época está a ser excelente"
António Conceição conhece muito bem Artur Jorge dos tempos em que era adjunto de Cajuda em Braga e o atual treinador o capitão. Não faltam elogios. "Foi uma aposta certa, o Braga está a fazer uma excelente época, muito vivo em duas frentes. Se conseguir lugar de Champions e ganhar a final da Taça, será fantástico", valoriza António Conceição.
"Tem feito grandes jogos na Liga, é consistente e joga bem, foi avassalador na primeira volta. Os bracarenses têm de estar satisfeitos. O sucesso do Artur, que justificou a aposta, foi influenciado ainda pela estabilidade do Braga, já uma referência nacional que oferece condições exemplares a quem lá trabalha."
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