O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, anunciou nova assembleia geral e renovou a ameaça de demissão.
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Críticas internas: "Não podemos ter sócios que acham que em vez de uma democracia, pensam que vivemos numa anarquia, em que chamam o presidente de mentiroso, oferecem tareias às pessoas do Conselho Diretivo, mandam baixar a bolinha. Um deles já esteve ontem na TVI24, já deu uma entrevista a dizer que dei um serviço grande ao Benfica. Eu disse nos meus discursos, as pessoas podiam não aprovar. Se quisessem que eu me fosse embora, eu ia ali naquele instante. Não posso admitir trabalhar 24 sobre 24 horas e não nos deixarem discutir os pontos para os quais eu trabalho. O clube não é meu. Havia clube antes de Bruno de Carvalho e haverá depois de Bruno de Carvalho. Brincarem com o nosso trabalho, não".
Timing da AG: "Tive de ouvir coisas como o timing. Mas qual timing? Não tenho timing. Cinco, seis da manhã, estou a trabalhar. O amplo debate deve ser na AG e aquilo que fizeram foi uma falta de respeito. Nem estamos agarrados ao lugar, nem queremos ganhar tudo. Que um ex-presidente diga que o meu lugar é num manicómio, não é de um sportinguista aziado... Isto diz-se? O que é que eu fiz para merecer que um presidente diga que o meu lugar é no manicómio. Ou estarem constantemente a dizer que sou um garoto, que vou falir isto tudo".
Sentimento autofágico: "Acham que eu ia continuar a gerir um clube com uns regulamentos disciplinares em que não consigo fazer nada. Isto não é uma brincadeira. Isto passa-se há quase 111 anos. Existe a mania de focar esta coisa nos grupos, grupinhos e grupetes. Desde que nascemos temos este sentimento autofágico. O mais importante para mim não foi discutido na AG. Ia falar em cada um dos nomes que publiquei e dizer o que é opinião, difamação ou calúnia. Quem faz um bom serviço ao Sporting tem de ser protegido. Sou do Sporting, mas não sou do Bruno. O que é que isso significa? Eu pedi a alguém para ser meu".
Publicações no Facebook: "Não posso deixar de dizer que prefiro a responsabilização. O método de Hondt deixa-nos desatentos. Foi esse falso sentimento de segurança que quis tirar. Quando andavam às escuras não via este grau de preciosismo. Eu ouvi coisas como: 'foi proposto pelo Godinho Lopes? Está aceite'. E todos a bater palmas. Eu vi isto. Agora, vejo coisas como 'o que é que este homem tem na manga'. Isto é o cúmulo. Ou se confia ou não se confia. Dão 90% a um ditador, a um norte-coreano? Estavam doidos em março? De março para cá já alterei tudo e já sou um aldrabão, um vigarista? Isto mudou assim tanto? Tanto tem mudado no futebol à conta do meu Facebook. Se não tivesse sido o meu Facebook, vocês tinham visto o VAR no raio que o parta. Fiz posts e posts dos fundos. E as denúncias que eu fiz e agora é tudo arguido? Chega de conselhos. 90% disse que confia, então confiem".