“Se isto não acalmar, ganhando o candidato que ganhar as eleições do FC Porto, vai pegar num clube a ferver"
Sócio portista Henrique Ramos prefere não comentar a hipótese de orquestração do clima vivido na Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023 e apela à união no clube
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Henrique Ramos participou na Assembleia-Geral de 13 de novembro, cujos episódios despoletaram esta “Operação Pretoriano” que levou à detenção de 12 pessoas na manhã de quarta-feira. Segundo os autos do inquérito, o Ministério Público considera que Adelino Caldeira, através de Fernando Saúl, oficial de ligação aos adeptos, e o casal Madureira, acordou criar um clima de intimidação e medo na AG para constranger a liberdade de expressão dos sócios que estariam contra a aprovação dos estatutos do clube. Algo que o administrador da SAD do FC Porto já desmentiu através de comunicado. Henrique Ramos prefere não se imiscuir nesse assunto, garantindo apenas que mantém uma boa relação com o chefe da claque portista e pede que os portistas apoiem a equipa na partida de amanhã com o Rio Ave.
“Não quero alargar-me muito sobre isso ou ainda dizem que sou o responsável por esta ação policial e judicial. Se eles [Ministério Público] alegam isso é porque tem provas. Pergunte-me antes se o fanatismo individual de cada um contribuiu para o ambiente intimidatório? Respondo que o de muitos deles provavelmente sim. Mais que isso não vou comentar. Já me basta um canal de televisão a tentar criar a narrativa de que eu estou de costas voltadas com Fernando Madureira e com a claque, o que é totalmente mentira”, assegura em exclusivo a O JOGO. “É preciso saber respeitar mais a claque, amanhã temos de ganhar ao Rio Ave e a claque estará a apoiar o FC Porto, com ou sem o Macaco”, assegurou.
O que Henrique Ramos espera é que tudo se resolva rapidamente. “Se isto não acalmar, ganhando o candidato que ganhar as eleições de abril, vai pegar num clube a ferver, e ninguém quer isso. Em vez de mais um lindo percurso de 42 anos, vamos ter um percurso de 42 dias. Muita calma, basta de partir o clube”, pediu.