Declarações no final do encontro FC Porto-Farense (2-1), da quinta jornada da I Liga
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José Mota (treinador do Farense): “Toda a gente sabe a dificuldade que é jogar no Porto. A qualidade deste plantel, desta equipa técnica, com este público. Tudo isto ajuda o futebol a ser melhor. Sabíamos que íamos ter muita dificuldade, com o FC Porto muito pressionante. Tivemos imensas dificuldades. O FC Porto ganhou, e bem, porque foi mais equipa, teve mais oportunidades e porque marcou dois golos. E quando assim é não temos muito a justificar. Tínhamos que ser bem unidos, atrevidos, sem preconceitos. E em alguns momentos aconteceu. Depois, aconteceu o golo, mas tivemos o mérito de ir à procura da igualdade. Tentámos ai subir as nossas linhas. Sentíamos que poderíamos procurar mais qualquer coisa.
O FC Porto continuou a carregar. É difícil. Se tivemos sorte por um lado, tivemos azar por outro. O segundo golo, após uma falta clara de um jogador do FC Porto... não sei onde estava o VAR. Não deve ter havido. Há um pisão enorme sobre o meu lateral-esquerdo. Depois, sabíamos que ia ser extremamente difícil dar a volta.
Sinto uma enorme alegria nestes 25 anos em ter defrontado o Vítor Manuel e agora o filho, o Vítor Bruno. Gosto de estar no futebol de forma altiva, sem ninguém me pisar, mas há aspetos em que queria que o futebol mudasse. Para mim, hoje não é penálti e o segundo golo do FC Porto é falta. Se fosse a favor do Farense, o penálti não era assinalado e a falta era. O que fizemos para mudar? Há VAR, grandes condições, mas mudamos muito pouco.
O Ricardo Velho merecia ir à seleção. Não foi por ter feito esta exibição no Dragão, merecia mesmo, porque tem qualidade, e hoje fala-se do Ricardo Velho porque neste país só se fala dos três grandes. Merecia pelo seu desempenho ir à seleção, nem que fosse uma chamada para o motivar ainda mais."