"Se a norma de conduta não vier complicar, há todas as condições para voltar o futebol"
Pinto da Costa esteve esta segunda-feira no Palácio de Belém para reunir com Marcelo Rebelo de Sousa sobre o Porto Canal
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Pinto da Costa esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa, esta segunda-feira, no Palácio de Belém e no final do encontro com o Presidente da República abordou, questionado pelos jornalistas, o parecer técnico da DGS, conhecido no domingo. Um documento que recolheu algumas críticas de alguns jogadores, entre eles os portistas Danilo, Zé Luís e Soares.
"Se a norma de conduta não vier complicar, há todas as condições para voltar o futebol. Se o futebol não puder voltar então não pode voltar atividade nenhuma", disse Pinto da Costa, defendendo ainda que "corre muito mais perigo qualquer funcionário de restauração do que um jogador na casa dos 20/30 com alimentação cuidada e cuidados médicos de máxima atenção".
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Sobre o descontentamento público de alguns jogadores, Pinto da Costa falou também de algumas coisas que "não são fáceis de compreender". "O desagrado foi generalizado. Há coisas que não compreendo muito bem, mas isso se calhar não são fáceis de compreender. Não compreendo como se quer proibir um profissional de futebol, que vai fazer a sua atividade profissional e depois tem que ir para casa e não pode conviver com ninguém. É um desprezo para com todos os outros profissionais. Porque é que um profissional da restauração pode ir para onde quiser quando sair do trabalho? Isso é cortar a liberdade das pessoas e é injustificado. Mas para isso há os 'experts' que estão a analisar a situação".
"Isto é estar a desvalorizar todos os outros que não são jogadores de futebol. Naturalmente ninguém mais que os responsáveis dos clubes têm que ter em atenção a saúde, porque são seres humanos, nossos amigos no convívio do dia a dia. Mas costuma-se dizer que tudo o que é demais... Estão a cair em exageros. Espero que o bom senso prevaleça", afirmou sobre o mesmo assunto.
"Não estou solidário nem deixo de estar solidário. Eles tomaram uma posição que é individual. Ainda não analisei completamente o que foi proposto, mas sei que admitiram que tem que ter retificações. É apenas um ponto de partida", disse ainda.
Sobre o documento da Direção Geral de Saúde, Pinto da Costa disse ainda: "Fazer uma reunião, elaborarem um documento sem ouvirem os especialistas como doutor Froes, que colabora com a Liga e sem ouvirem os médicos dos clubes, que são aqueles que lidam com os clubes, acho estranho. Não tenho poder para obrigar a ouvir quem quer que seja".