Schmidt demonstrou grande insatisfação no intervalo do dérbi: confira o que pediu aos jogadores
A perder por dois golos na primeira parte, o técnico das águias exigiu agressividade e relembrou aos jogadores aquilo que esperava deles. Sobretudo, mais pressão à frente e meter o pé para ganhar a bola no miolo contrário.
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O Benfica não encontrou soluções para contrariar o futebol apresentado pelo Sporting no dérbi de domingo e foi para o intervalo com dois golos de desvantagem. Tudo mudou na segunda metade e, para isso, muito contribuiu o discurso mais forte de Roger Schmidt na palestra que dirigiu durante a pausa. O JOGO apurou que o treinador alemão chegou ao ponto de pedir mais agressividade, no sentido de apertar o adversário com maior inteligência.
"Tínhamos de mudar completamente a atitude, a forma de jogar, os timings de passe e de pressão", resumiu o timoneiro dos encarnados no final da partida, já depois de o Benfica ter elevado o ritmo de jogo e recuperado no marcador para o 2-2 final. Porém, Schmidt foi mais específico no balneário. Depois de anunciar a saída imediata de João Mário para a entrada de Bah e a subida de Aursnes de lateral direito para médio no mesmo flanco, o técnico indicou que a estratégia que permitiu à equipa estar à beira de vencer o campeonato não estava a ser seguida à risca.
Deste modo, além da primeira substituição, à qual acrescentou Gonçalo Guedes e Musa - para os lugares de Rafa e Gonçalo Ramos - aos 66', Schmidt explicou o que queria: pressionar mais à frente, ganhar a bola no meio-campo contrário, mais agressividade na saída de bola do Sporting. Schmidt demonstrou igualmente confiança no sucesso, em dar a volta ao texto e atirou que podiam ser campeões naquele jogo.
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Na prática, a equipa apresentou uma atitude diferente e o rumo do encontro mudou quase por completo. No fim, o médio Aursnes deu a entender o que mudou nos encarnados. "Tivemos uma boa conversa no balneário, tivemos de mostrar mais coragem, raça e espírito de luta. Conseguimos voltar ao jogo", assumiu o camisola 8, ele próprio uma das faces da revolta encarnada pela melhoria que proporcionou em zonas mais adiantadas, ao ponto de ter marcado o primeiro das águias, num cabeceamento na área, e marcado o livre que resultou no golo do empate.
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Mexer ao intervalo no segundo clássico
Além da palestra e de reforçadas indicações dadas aos jogadores no intervalo, Roger Schmidt passou das palavras aos atos com uma substituição. Deixou ficar no balneário João Mário, para protegê-lo da pressão dos adeptos sportinguistas, como argumentou, lançando Bah. Não sendo novidade no técnico, olhando às principais mudanças que operou ao longo da temporada, este foi o segundo clássico em que o fez. No Dragão, na primeira volta, tirou Bah, Enzo Fernández e João Mário ao intervalo, com 0-0, porque estavam amarelados. O Benfica venceu com um golo de Rafa (72').