O antigo lateral-direito do Sporting, aos 34 anos, capitaneia o Barletta na quarta divisão italiana
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Ezequiel Schelotto, lateral-direito que representou o Sporting e Atalanta na carreira, falou em jeito de antevisão ao jogo desta quarta-feira (17h45) entre as duas equipas, em Alvalade, relativo à primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa.
Em entrevista ao portal “Sportitalia”, o internacional italiano, que jogou de leão ao peito entre 2015 e 2017, já depois de ter passado pelo conjunto de Bérgamo entre 2011 e 2013, começou por recordar os tempos alegres que viveu em Alvalade.
“Pude jogar numa equipa muito importante em Portugal e também ao nível internacional. Vivi dois anos extraordinários e guardo muitas memórias bonitas. Os adeptos lembram-se de mim e tenho vários ex-colegas de equipa que ainda lá estão, tal como alguns treinadores”, afirmou.
“Tive a minha estreia na Liga dos Campeões com aquela camisola e fiz seis jogos contra equipas como o Dortmund e o Real Madrid. Tive a oportunidade de ficar perto de vencer um campeonato, mas no final ficámos em segundo, dois pontos atrás dos rivais do Benfica. Apesar disso, eu só tenho boas memórias dessa equipa e daquela cidade, que continua nos meus pensamentos e no meu coração”, frisou.
Questionado sobre se a Atalanta conseguirá repetir o triunfo que conseguiu em Alvalade na fase de grupos da Liga Europa, o experiente defesa, que aos 34 anos capitaneia o Barletta, da quarta divisão italiana, salientou o crescimento da formação nos últimos anos.
“Nos últimos anos, a Dea [alcunha da Atalanta] tornou claro que é uma equipa forte e importante, com um treinador que já lá está há muitos anos e que tem um clube sólido atrás dele. Tem alguns jogadores muito interessantes, muitos deles vão às respetivas seleções nacionais. Em temporadas recentes, jogou nas competições europeias e teve grandes resultados. Vão encontrar um Sporting que tornou claro que quer lutar por títulos internacionais e será um bom desafio. Veremos quem ganha, espero é que as pessoas consigam testemunhar um bom espetáculo”, comentou.
De resto, Schelotto surpreendeu ao admitir que, apesar da sua idade e do meio humilde em que se encontra, não desiste de voltar à ribalta do futebol italiano e até à Liga dos Campeões e à sua seleção, que representou numa única ocasião.
“Quero vencer campeonatos e subir à Serie C, Serie B e Serie A. É assim que eu sou. Estar quase a fazer 35 anos não significa nada, o futebol mudou e quero jogar por mais três, quatro, cinco ou dez anos. Este desporto é a minha paixão e eu adoro-o. Sempre tive os pés assentes na terra e sou humilde e um guerreiro em campo, mesmo que às vezes as pessoas que não me conhecem não o compreendam. Quero lutar e atualmente sou o capitão do Barletta, mas quero apontar o mais alto possível. Gostaria de voltar a jogar na Liga dos Campeões, na Serie A e na seleção nacional”, concluiu.