Falha no pagamento de prestações, relativas a dezembro de 2019 e junho de 2020, de empréstimos concedidos pelo antigo Banif (adquirido pelo Santander Totta), motivaram o penhor bancário
Corpo do artigo
O Santander Totta está prestes a penhorar a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Santa Clara e alguns dos dirigentes da administração, entre eles o presidente Rui Cordeiro, noticia o jornal Público.
A SAD do clube açoriano falhou o pagamento de prestações, relativas a dezembro de 2019 e junho de 2020, no valor de 2,180 milhões de euros, ao principal credor de uma parte da dívida fixada em 5,4 milhões de euros e, por isso, e o banco decidiu a sua execução.
Como tal, as contas da sociedade açoriana e de alguns dos principais responsáveis pela sua gestão, vão ficar penhoradas, assim como as receitas provenientes dos direitos televisivos a e, ainda, o valor arrecadado com a transferência do defesa Zaidu para o FC Porto (cerca de quatro milhões de euros).
Os empréstimos contraídos pelo Santa Clara ao antigo Banif (que foi comprado, depois, pelo Santander) ficaram contratualizados com o pagamento de uma taxa de juro nominal anual de 3% e a liquidação de prestações semestrais por 21 anos.
"O crédito do Banif foi feito com os termos de um crédito à habitação", admitiu Rui Cordeiro, em declarações ao Público. Porém, o clube não teve capacidade de pagar. "A nossa gestão de dívida é deficitária, temos sempre um buraco financeiro de 500 ou 600 mil euros que apenas conseguimos colmatar com a venda de atletas", explicou.
Rui Cordeiro, escreve o Público, está a tentar reverter a execução da dívida e as penhoras anunciadas pelo Santander Totta, propondo pagamentos anuais de 500 mil euros num prazo de 10 anos. Para isso, será vital a SAD do Santa Clara continuar a competir na I Liga.