Luís Morgado orientou o lateral-esquerdo no Chaves e dá algumas explicações para o elevado número de cartões
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Sandro Cruz, lateral-esquerdo do Gil Vicente, é o jogador da I Liga com o maior número de cartões, sete amarelos e um vermelho (por acumulação). Em dez partidas, só não foi admoestado contra Famalicão, Estrela, Belenenses e Moreirense, e estreou-se mesmo da pior forma pelos galos, com a expulsão no Dragão, na primeira jornada.
No entanto, na temporada passada em Chaves, o internacional angolano de 23 anos só recebeu três cartões amarelos, num total de 26 encontros. A O JOGO, Luís Morgado, ex-treinador adjunto dos transmontanos, defendeu o jogador. “Não acho que seja descontrolo emocional. No contexto do ano passado, em que podia-se originar essa situação, porque era visto como o eterno suplente do Bruno Langa, sempre que jogou foi muito equilibrado e aproveitou muito bem a saída do colega. O Sandro é um excelente profissional, um excelente rapaz, tem talvez de ter alguma contenção nas disputadas de bola, porque é um jogador intenso, mas não é maldoso”, vincou.
Para o técnico que já passou por clubes como o Vitória, Moreirense, Santa Clara, Paços de Ferreira e Marítimo, a explicação estará na forma de jogar do Gil Vicente e na própria dimensão do novo clube. “Vi alguns dos lances em que levou cartões. Talvez tenha que aguentar mais e fazer mais contenção, não se expor tanto e proteger-se, porque o Gil joga numa linha um pouco mais subida do que no tempo do Chaves e isso pode deixar o Sandro algo desconfortável ao ter muito espaço nas costas. Pode também estar a acusar um pouco a responsabilidade da passagem para um clube que normalmente luta pelos lugares do meio da tabela para cima e de ter sido uma forte aposta”, contextualizou Morgado.