Madjer, antigo craque argelino dos dragões, acredita que o avançado espanhol tem na calha outros voos, face a rendimento altíssimo. Declarações em entrevista a O JOGO
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Do que acompanha, algum jogador do FC Porto o fascina?
-Há jogadores muito bons no FC Porto. Há um que chama a atenção, o ponta-de-lança [Samu]. Destaca-se mesmo muito. Pelos golos que marca não vai ficar muito tempo no FC Porto, outras propostas de outros lados chegarão e ele terá que abraçar outros desafios. Ainda espero vê-lo fazer muitas coisas boas no FC Porto.
E por falar em maldades, Madjer e Futre eram demasiado para qualquer rival?
-Futre continua a ser um dos melhores jogadores que o Mundo já viu e, para mim, o melhor que Portugal já teve. Cada um tem direito a fazer a sua escolha, eu faço esta, como ex-colega. Fizemos grandes jogos juntos, ele era fantástico, um dos grandes da Europa e havia Maradona. Futre foi um fenómeno, um dos grandes.
O Madjer marcou ao Bayern e à Alemanha em 1982...
-Fui uma besta negra dos alemães. O Bayern tinha Matthaus, Brehme, Hoeness, Flick. E pela Argélia também ajudei a derrotar a Alemanha. Foi algo incrível, absolutamente fantástico para mim e para a camisola que vestia. Tive essa sorte com os alemães, uma nação poderosíssima, um Bayern que sempre foi um colosso na Europa. Estou muito orgulhoso dessas marcas, do que ficou para trás. Sei que são impressões que ficam muito positivas da minha carreira.
E o estatuto que o Madjer ganhou em África?
-Muito orgulho na reputação que ganhei, saborosa e importante. Conheci o respeito de um país e um continente, representei a África o melhor que pude. Depois dessa final, muitos africanos rejubilaram, era algo que nunca tinha acontecido, um africano vencer a Taça dos Campeões Europeus. Fez muito bem à Argélia, abri uma espécie de caminho, fez-se um corredor pelo qual chegaram muitos africanos às melhores equipas. Muitos puderam ganhar a prova, incentivei-os a jogarem para ganhar, a serem figuras nas suas equipas.