FPF apresentou um estudo enquadrado no impacto da videoarbitragem, sentido há já quatro anos, no futebol profissional português
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Implantado no escalão principal na época 2017/18, o videoárbitro permitiu às equipas de arbitragem, segundo um estudo apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), anularem, desde então, um total de 119 golos, 56 penáltis e seis expulsões diretas.
A análise do Portugal Football Observatory, divulgada esta sexta-feira, refere que nas últimas quatro temporadas houve uma subida clara dos tentos anulados em jogo, estabelecendo uma média de 77 por cada uma das épocas com recurso à videoarbitragem.
O estudo da FPF exemplifica que, só em 2020/21, o VAR possibilitou a anulação de 40 golos e 18 castigos máximos que haviam sido inicialmente assinaladas pelo árbitro principal, pelo que a ferramenta foi protagonista de um maior acerto nas decisões.
O trabalho feito pelo Portugal Football Observatory assinala que, ao serem comparados os dados relativos a golos anulados antes e após a utilização do VAR, verifica-se um "aumento significativo" por época: antes de 2017, havia uma média de 29 tentos invalidados. A partir daí, o valor aumentou em 165%.
A análise feita pelo projeto da FPF, enquadrada no "Impacto do VAR nas decisões dos árbitros e no Jogo" considera, por isso, que o "árbitro tem vindo a aceitar de época para época mais vezes a análise do VAR" durante os jogos da I Liga.
Na temporada passada, refere o mesmo estudo do organismo federativo, o árbitro optou pelo juízo do VAR "em 96% dos lances" ocorridos ao longo do principal campeonato, mesmo que tenha decidido de forma diferente num primeiro momento.