Carlos Oliveira, vice-presidente da SAD do Leixões, não perde o sono com o anúncio da penhora do Estádio do Mar, por parte da Autoridade Tributária.
Corpo do artigo
O vice-presidente da SAD do Leixões Carlos Oliveira diz estar "completamente tranquilo" face a mais uma penhora do estádio, decidida pelo serviço de Finanças de Matosinhos por dívidas fiscais.
"Se há coisa que não me tira o sono é essa. É um assunto muito antigo e recorrente", reforçou o mesmo dirigente, em declarações feitas à agência Lusa.
Carlos Oliveira adiantou que o Leixões foi notificado "há mais de 20 dias" de que o Estádio do Mar estava penhorado e que seria leiloado até 30 de agosto por "3,2 milhões de euros".
Esse montante, prosseguiu, equivale a cerca de 70 por cento do valor que o fisco atribuiu ao recinto depois de o avaliar "em 2010".
Carlos Oliveira precisou que o fisco avaliou o Estádio de Mar em 4,4 milhões de euros.
"Não acredito que apareça alguém" que queira comprar um equipamento que só pode ser usado para fins desportivos, a menos que seja alterado o plano diretor municipal, referiu.
O vice-presidente do Leixões disse que o clube deve cerca de dois milhões de euros ao Fisco, à Segurança Social, a dois bancos, a "meia dúzia de fornecedores" e a ex-jogadores.
O maior credor é o Fisco, com "700 mil euros".
Uma parte dessa dívida é "muito antiga" e "tem vindo a ser negociada" com as Finanças.
"O nosso problema é hoje bem menor do que há alguns anos, só que agora estamos em maré de eleições", comentou Carlos Oliveira.
Carlos Oliveira realçou, ainda, que a SAD do Leixões aderiu já ao Programa Revitalizar, que o Ministério da Economia lançou para auxiliar "empresas que se encontram em risco de insolvência, mas ainda assim são consideradas economicamente viáveis".
A SAD leixonense tem um passivo estimado em cerca de quatro milhões de euros.