Responsáveis portistas consideram que já não vale a pena falar com as instância sediadas na capital
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A revolta que o plantel do FC Porto manifestou publicamente depois do jogo com o Estoril estende-se a toda a estrutura e, sabe O JOGO, a SAD azul e branca vai solicitar uma reunião urgente à AF Porto porque entende que já não adianta falar com as entidades sediadas em Lisboa. Em ano de eleições na FPF, os azuis e brancos acreditam que a AF Porto esteja preocupada com o seu clube mais representativo e, nesse sentido, reflita sobre o estado a que chegou a arbitragem nacional.
Para o FC Porto, a nomeação de António Nobre para um jogo da importância que tinha o da Amoreira foi descabida depois da prestação do juiz no Espanha-Brasil a meio da semana, onde estavam três jogadores do clube (Wendell, Pepê e Galeno). O mesmo consideram em relação ao VAR Tiago Martins de quem há muito se queixam. Pinto da Costa recordou o FC Porto-Gil Vicente da época passada, mas antes já os portistas tinham reclamado três penáltis num dérbi com o Boavista. Num levantamento feito por O JOGO, em novembro de 2021, o VAR Tiago Martins cometeu erros ou não reverteu decisões erradas em oito jogos, num total de 10 lances: nove penáltis e uma falta não assinalada sobre Marcano num lance que deu golo ao P. Ferreira. Isto de acordo com a opinião unânime dos especialista do Tribunal de O JOGO.
Além da reversão do penálti - a quarta vez em que tal sucedeu ao FC Porto esta época, uma delas com recurso a telemóvel -, as queixas dos responsáveis azuis e brancos, sabe o nosso jornal, incluem o facto de António Nobre ter permitido que o livre que resultou no único golo fosse marcado a cerca de três metros do local da falta de Diogo Costa, ou seja, numa posição mais central e favorável ao Estoril. O FC Porto pretende questionar o Conselho de Arbitragem sobre este lance em particular, mas também sobre o penálti, em que consideram ter existido um empurrão a Francisco Conceição visível nas imagens, querendo ver esclarecido o que “um erro claro e óbvio”, uma vez que de acordo com o protocolo apenas decisões absolutamente erradas pressupõem a atuação do VAR. Os dragões, consideram que se “chegou a um ponto em que a manipulação dos jogos do FC Porto começa no campo com estes erros e depois tem o complemento com alguns analistas de arbitragem”, referiu ao nosso jornal uma fonte do clube.
O FC Porto considera que já tinha razões de queixa das arbitragens desde o início da época, que se agudizaram a partir de janeiro na sequência de penáltis que, na sua opinão, ficaram por marcar sobre Eustáquio (Boavista), Galeno (Arouca), Evanilson (Rio Ave) e agora o do Estoril. “Como é possível aceitar-se que um VAR chame o árbitro num lance destes depois do que aconteceu no dia anterior na Luz?” questiona a mesma fonte.