Dirigentes olham para possível excesso de liquidez e apontam para investimento em títulos
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A compra de ações da Benfica SAD está nos planos da atual Direção, que deu indicações à própria sociedade para preparar um plano que inclua a aquisição desses títulos, bem como de obrigações próprias, como forma de ajustar períodos de potencial excesso de liquidez.
Segundo revelou o administrador financeiro da SAD, esta cumpre “os critérios de solidez financeira necessário para ter um plano de aquisição de ações próprias”, no seguimento de uma perspetiva de “períodos com algum excesso de liquidez” que permite aos encarnados, segundo Nuno Catarino, serem “ativos a nível do mercado”, sobretudo porque existe a convição interna de que “a cotação atual das ações não reflete o real valor do Benfica”, mas também com o objetivo de “remunerar os acionistas”.
Nesse sentido, a SAD está na disposição de “ir ao mercado adquirir ações próprias num limite que a lei permite, num plano a 18 meses e até 10 por cento do capital da sociedade”. “Continuaremos a ser uma sociedade cotada, não vamos deixar a Bolsa. O clube está confortável com a sua posição, o plano é manter o controlo, reforçar se possível, são estas as indicações que recebemos do principal acionista”, contextualizou o CFO da sociedade.
De referir que Luís Filipe Vieira vendeu recentemente a parte das ações que detinha, num leilão em que a Benfica SGPS participou mas seria ultrapassada por uma proposta superior, que rendeu cerca de 5,3 milhões de euros ao antigo presidente. Os encarnados requereram direito de preferência, não atendido em tribunal, pelo que atualmente aguardam pelo desfecho do processo em que visam ser indemnizados pela não ativação desse direito.